Blog orientado pelo Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de São José dos Campos - PCNP de Filosofia e Sociologia

sexta-feira, 22 de março de 2013

37º ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS

A ANPOCS, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, anuncia que neste ano o Encontro ocorrerá em SETEMBRO, entre os dias 23 e 27 na cidade de Águas de Lindóia, SP. Além disso, teremos uma nova atividade: os SIMPÓSIOS DE PESQUISAS PÓS-GRADUADAS (SPGs). Portanto, o 37º Encontro terá como formato básico de organização os Seminários Temáticos (STs), Mesas Redondas (MRs) e os Simpósios de Pesquisas Pós-Graduadas (SPGs). A fim de ampliar a participação de um número maior e mais diversificado de trabalhos, os Simpósios de Pesquisas Pós-Graduadas (SPGs) visam criar um espaço profícuo de discussão, privilegiando alunos de pós-graduação. A dinâmica dos SPGs será idêntica à dos STs com apresentação de Papers – os quais serão discutidos em sessão única pelos coordenadores, pelo debatedor e público presente.Fique atento, pois a inscrição de propostas temáticas para Seminário Temático (ST) e para Simpósio de Pesquisa Pós-Graduada (SPG) inicia-se em 22/02 e encerra-se em 20/03/2013.
 

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Laboratório de Ensino de Sociologia (LES)


O  Laboratório  de  Ensino  de  Sociologia (LES)  foi  criado  por  meio  de  subsídios  da  Pró-Reitoria  de Graduação e Departamento de Sociologia da USP. Tem como objetivo  contribuir para a formação continuada de professores de Sociologia do Ensino Médio, tanto os licenciados e bacharéis  em Ciências Sociais como os oriundos de outras  áreas  de  conhecimento. A iniciativa parte do entendimento de que as Ciências Sociais contribuem decisivamente para a reflexão cotidiana, desde os problemas macro sociais até os infinitamente pequenos.

Entre os projetos do LES está o site USP ensina Sociologia, por meio do qual pretende-se:
• fornecer bibliografia orientada para aprofundamento de estudos em Antropologia, Ciência Política e Sociologia;
• fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de materiais didáticos para utilização em sala de aula;
• estimular a troca de informações e experiências entre professores do Ensino Médio e alunos da Licenciatura em Ciências Sociais;
• possibilitar aos professores formados em outras áreas maior contato com os conteúdos específicos das Ciências Sociais.

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domingo, 17 de março de 2013

Caos, Arte, Poesia e Filosofia



O caos e a Poesia-David-Herbert Lawrence

"Os homens não deixam de fabricar um guarda-sol que os abriga, por baixo do qual traçam um firmamento e escrevem suas convenções, suas opiniões; mas o poeta, o artista abre uma fenda no guarda-sol, rasga até o firmamento, para fazer passar um pouco do caos livre e tempestuoso e enquadrar, numa luz busca, uma visão que aparece através da fenda. [...] Então, segue a massa dos imitadores, que remendam o guarda-sol, com uma peça que parece vagarosamente com a visão. [...] Será preciso sempre outros artistas para fazer outras fendas, operar as necessárias destruições, talvez cada vez maiores, e restituir assim, a seus predecessores, a incomunicável novidade que não mais se podia ver."



São rostos pálidos, com olhares perdidos que, tal como fantasmas,retornam á noite para casa. É pelo trabalho que o ser humano se confronta com as forças da natureza e, ao mesmo tempo que a modifica, transforma a si mesmo, humaniza-se. (Karl Marx)



O que podemos conhecer? Escher é de estranhamento, mas também de lucidade, porque o artista brinca com nossa percepção. O que nos faz pensar: será que tudo o que vejo é mesmo real? E se tudo for uma ilusão de meus sentidos? Convivemos com pessoas que pensam de modo tão diferente, como se vivessem em outra realidade. O que é real? Qual a garantia de que a realidade não seja um sonho? Certezas arraigadas já se dissolveram com o tempo. E agora, o que seria certo? Quais são as garantias das certezas? Alguém pode dizer que há coisas de que não posso duvidar, porque são evidentes. Mas essa evidência talvez não seja mais do que o hábito, o costume, pois muitas verdades foram incutidas desde a infância.



O que é o tempo? Seria uma realidade externa a nós ou depende apenas de nosso entendimento?



Como se tornar um homem de gênio


Se há entre os meus leitores jovens que aspiram tornar-se líderes do pensamento da sua geração, espero que evitem certos erros em que caí quando era novo por falta de bons conselhos. Quando desejava formar uma opinião sobre um certo assunto, costumava estudá-lo, avaliar os argumentos a favor dos diversos pontos de vista e tentar chegar a uma conclusão ponderada. Descobri depois que esta não é a maneira de fazer as coisas.

Um homem de gênio sabe tudo sem precisar estudar; as suas opiniões são pontificais e o seu caráter persuasivo não depende de argumentos, mas do estilo literário. É necessário ser parcial, pois isso facilita a veemência que é considerada uma prova de força. É essencial apelar a preconceitos e paixões de que os homens se começaram a sentir envergonhados, bem como fazer isso em nome de uma nova ética inefável. É bom rebaixar as mentes lentas e tacanhas que exigem dados para chegar a conclusões. Acima de tudo, deve-se apresentar aquilo que é mais antigo como se fosse a coisa mais inovadora.

Esta receita para ser gênio não é nova. Foi seguida por Carlyle no tempo dos nossos avós, por Nietzsche no 
tempo dos nossos pais e tem sido seguida no nosso tempo por D. H. Lawrence. Os discípulos de Lawrence
pensam que ele anunciou toda uma nova sabedoria sobre as relações entre homens e mulheres. Na verdade ele voltou atrás, defendendo o domínio dos homens que nós associamos aos homens das cavernas. Na sua filosofia, as mulheres existem apenas como uma coisa macia e gorda para repousar o herói quando este regressa das suas ocupações. As sociedades civilizadas têm aprendido a ver mais que isto nas mulheres, mas Lawrence não quer nada da civilização. Ele quer limpar o mundo para manter o que é antigo e obscuro e adora os vestígios da crueldade asteca no México. Os jovens, que têm aprendido a comportar-se, leem-no naturalmente com prazer e andam por aí a proceder como homens das cavernas na medida em que os costumes da sociedade educada o permitem.

Um dos elementos de sucesso mais importantes para te tornares um homem de gênio é aprender a arte da denúncia. Deves fazer sempre as denúncias de maneira a que o leitor pense que são os outros que estão a ser denunciados e não ele próprio. Assim ele ficará impressionado com o teu nobre desdém, enquanto que se pensar que o estás a denunciar vai considerar-te culpado de impertinência malcriada. Carlyle comentou: “A população de Inglaterra é de vinte milhões de pessoas, sobretudo idiotas.” Todos os que leram isto consideraram-se uma das exceções, e por isso apreciaram o comentário. Não podes denunciar classes bem
definidas, como pessoas com mais que um certo rendimento, habitantes de uma certa área ou crentes num certo credo definido, pois se o fizeres alguns leitores perceberão que a tua invectiva se lhes dirige. Tens que denunciar pessoas cujas emoções são atrofiadas, pessoas às quais só o estudo penoso pode revelar a verdade, pois todos sabemos que essas são outras pessoas, e por isso veremos com simpatia o teu poderoso diagnóstico dos males da época.

Ignora os fatos e a razão, vive inteiramente no mundo das tuas próprias paixões fantásticas criadoras de mitos; faz isto empenhadamente e com convicção, que assim te tornarás um dos profetas da tua época. 
Bertrand Russell

sexta-feira, 15 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Daniel Duarte
professor de filosofia e sociologia.

A filosofia como um conhecimento histórico de mais de dois mil anos, por si só já tem importância pela bagagem cultural e epistemológica que desenvolveu ao longo deste período.
É inegável a contribuição de filósofos como Aristóteles, Platão, Descartes, Rousseau, Kant, Hegel, Marx, Gramsci, e outros que com suas reflexões e suas teses ajudaram e ajudam a sociedade ocidental a seguir seu desenvolvimento.
No que se refere ao ensino de filosofia na educação básica, esta disciplina tem diversas possibilidades de contribuir para um melhor desenvolvimento da mesma. Muitas são as atribuições dadas ao ensino de filosofia e a sua importância na educação básica, alguns defendem que a filosofia é importante, pois ensina a pensar, ajuda a desenvolver o senso critico, ajuda na reflexão e que é importante para o exercício da cidadania, etc...
Menciono aqui apenas os pontos considerados positivos, mas, certamente existem raciocínios contrários que divergem da importância da filosofia na educação básica.
Estes pontos positivos por vezes podem gerar nos professores de filosofia certa sensação de superioridade da filosofia sobre outras disciplinas, ou então causar certa desconfiança sobre as reais possibilidades de a filosofia dar conta de tamanha responsabilidade.
Embora concorde em parte com estas afirmações, vou fazer algumas considerações que julgo pertinentes.
Se “todos são filósofos” como se refere Gramsci, penso que a primeira hipótese que a filosofia ensina a pensar não se confirma, justamente porque acredito que ninguém ensina ninguém a pensar, e se isto fosse possível não seria privilegio apenas da filosofia, pois qualquer disciplina se bem ministrada, com professores qualificados e que saibam contextualizar o objeto de estudo com a cotidianidade, poderia “ensinar a pensar”. Portanto, todas as disciplinas tem esta capacidade.
Ajudar a desenvolver o senso crítico e a reflexão e incentivar o exercício da cidadania, deveria ser tarefa de todas as disciplinas da educação básica, porém, talvez por incapacidade ou por acomodação na maioria das vezes este árduo trabalho fica como exclusividade das ciências humanas, sobretudo da filosofia e da sociologia.
Afinal qual a importância da filosofia na educação básica? Penso que a filosofia junto com outras disciplinas, através de um trabalho interdisciplinar pode sim dar conta destas atribuições a ela referida, porém, penso que a importância maior da filosofia esteja na fundamentação teórica de tais conceitos. O que é o pensar? Qual a diferença do simples pensar para o pensamento filosófico? O que é a reflexão ou atitude reflexiva? O que é cidadania?
A filosofia tem importância quando se preocupa em fundamentar as proposições, ou seja, através de uma investigação seria e também de um método rigoroso de busca do conhecimento, busca explicitar o porquê do por que. Se não realizar tal tarefa a filosofia corre o risco de tornar a critica pela critica, o simples pensar por pensar, o refletir por refletir.
De nada adianta exigir dos adolescentes determinados comportamentos, determinadas atitudes em relação à ética, politica, cidadania, se não leva-los a conhecer a fundo os conceitos e as proposições de tais temas.
Ao fazer este movimento de busca radical dos princípios, a filosofia se diferencia das demais disciplinas, pois se for bem trabalhada com professores habilitados ela pode ser capaz de ultrapassar o questionamento superficial e vir a se tornar um conhecimento útil.
Portanto, a importância da filosofia na educação básica vai muito além da mera instrumentalização do pensar, do refletir ou do criticar. A filosofia deve desvelar a gênese dos conceitos para que estes possam ser compreendidos na sua totalidade, e ao serem compreendidos possam ajudar na formação integral dos estudantes da educação básica.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aula sobre Édipo Rei e a origem da Tragédia Grega

Édipo Rei ao mesmo tempo em que é o primeiro grande clássico ocidental é também, de certo modo, a origem da tragédia grega. A palavra tragédia vem do grego 'tragos', que é 'bode', e 'odia', o 'canto'. Há 2 hipóteses: a de que o bode era prêmio dum concurso de recitação em honra de Dionísio, deus do vinho e do teatro. Outra teoria é a de que a palavra era 'trigos', não 'tragos', e designava a colheita da uva.

Na 'Poética', Aristóteles afirma que a tragédia surgiu da evolução dos coros de ditirandos em homenagem a Dionisio. É possível ver em 'As Bacantes' que quem não se rendesse a Dioniso era destroçado. Para Aristóteles, a tragédia purifica (katarsis) emoções, principalmente compaixão e medo.Quanto mais 'katarsis', melhor. Há uma espécie de cura, operação medicinal pelo Teatro.

Era uma espécie de obrigação e privilégio frente à cidade que os ricos fossem 'coregos': patrocinadores do evento. A ideia de concurso era muito presente nessa mentalidade 'ocidentalizante' da Grécia, de vaidade e disputa. As tragédias gregas trabalhavam com os elementos dos épicos, com essa tradição. Mesmo quando a tragédia se distancia do 'tragos',a essência permanece:o ato edípico de furar os olhos ou seu suicídio.

Adorno disse que a essência do sacrifício existir é o que mantém o vigor da arte. A tragédia é isso: a tensão existente em torno de rituais corrompidos, tanto religiosos como cívicos. Para Aristóteles, 'Édipo Rei' era a tragédia mais perfeita, principalmente pela estrutura do enredo - o 'mithos'.

domingo, 10 de março de 2013

Wright Mills: "A imaginação sociológica"



De tempos em tempos parece necessário resgatar alguns conceitos históricos desenvolvidos por sociólogos para que não canham no esquecimento ou para que não tenham seu sentido desviado. Nos anos 1960, Wright Mills, sociólogo da tradiação crítica norte-americana, desenvolveu o conceito de "imaginação sociológica", que ajudou muitos de seus alunos na época a se engajarem nos mais diversos movimentos sociais que emergiram naquele contexto agitado, além de questionarem as razões para uma Guerra com o Vietnã. 


Wright Mills (1969) descreve o pensamento sociológico como uma prática criativa, que define como “imaginação sociológica”. Essa prática criativa seria a tomada de consciência sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade mais ampla. Trata-se da capacidade de conectar situações da realidade, como os interesses em disputa, percebendo que a sociedade não se apresenta de determinada forma por acaso. Essa conscientização derivada do conhecimento sociológico permite que todos (não apenas os sociólogos por formação) compreendam as ligações existentes entre o ambiente social pessoal imediato e o mundo social impessoal que circunda e que colabora para moldar as pessoas. Resgatando elementos específicos elaborados pelos pensadores sociais mais clássicos, Mills (1969) aponta como um elemento-chave dessa “imaginação sociológica” a capacidade de poder visualizar a sociedade com um certo sentido de distanciamento, em vez de fazê-lo apenas da perspectiva das experiências pessoais e das pré-concepções culturais.

A “imaginação sociológica” é um ato que permite ir além das experiências e observações pessoais para compreender temas públicos de maior amplitude. O divórcio, por exemplo, é um fato pessoal inquestionavelmente difícil para o marido e para a esposa que se separam, bem como para os filhos. Entretanto, o uso da “imaginação sociológica” permite compreender o divórcio não apenas como problema pessoal individual, mas também como uma preocupação social. O aumento da taxa de divórcio redefine uma instituição fundamental – a família. Com a perspectiva da “imaginação sociológica”, Mills (1969) vai propor como possibilidade da sociologia permitir que o indivíduo relacione sua biografia com a realidade histórico-social, permitindo, assim, a conscientização do agente. Desta forma, poder-se-ia argumentar que o conhecimento sociológico pretende implementar o aprendizado tradicional, independentemente da futura profissionalização dos sujeitos. O sentido seria o de oferecer um instrumental analítico-reflexivo, forjado em todos os cidadãos. Cabe salientar que a “imaginação sociologia” não consistiria simplesmente em aumentar o grau de informação das pessoas, mas: "O que precisam, o que sentem precisar, é uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmos" (MILLS, 1969, p. 11). 

A utilização da “imaginação sociológica” se fundamenta na necessidade de conhecer o sentido social e histórico do indivíduo na sociedade e no período no qual sua situação e seu ser se manifestam. Mills também sugere que por meio da “imaginação sociológica” os homens podem perceber o que está acontecendo no mundo, e compreender o que acontece com eles, como minúsculos pontos de cruzamento da biografia e da história, na sociedade (MILLS, 1969, p. 14). 
Como base nessa forma de reflexão, Schaefer (2006) entende que a “imaginação sociológica” é uma ferramenta que proporciona poder, que permite olhar para além de uma compreensão limitada do comportamento humano, ver o mundo e as pessoas de uma forma nova, através de uma “lente” mais potente que o olhar habitual. Pode ser algo tão simples como entender por que alguém com quem temos afinidades prefere música sertaneja ao hip-hop ou entender as diferenças culturais entre as populações do mundo.

MILLS, Wright C. A imaginação sociológica. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969. 246p.

SCHAEFER, Richard T. Sociologia. 6ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

Etienne La Boétie e o "Discurso sobre a servidão voluntária"

“Não há dúvidas, pois, de que a liberdade é natural e que, pela mesma ordem e de idéias, todos nós nascemos não só senhores da nossa alforria mas também com condições para a defendermos. Se acaso pusermos isso em dúvida e descermos tão baixo que não sejamos capazes de reconhecer qual o nosso direito e as nossas qualidades naturais, vou ter de vos tratar como mereceis e por os próprios animais a dar-vos lições e a ensinar-vos qual é vossa verdadeira natureza e condição. Só quem for surdo não ouve o que dizem os animais: viva a liberdade! Muitos deles morrem quando os apanham. Como o peixe que, fora da água, perde a vida, também outros animais se negam a viver sem a liberdade que lhes é natural. Se os animais estabelecessem entre si quaisquer grandezas e proeminências, fariam (creio firmemente) da liberdade a sua nobreza. Alguns há que, dos maiores aos menores, ao serem presos, opõem resistência com as garras, os chifres, as patas e o bico, demonstrando assim claramente o quanto prezam a liberdade perdida. E uma vez no cativeiro, dão evidentes sinais do conhecimento que têm da sua desgraça e deixam ver perfeitamente que se sentem mais mortos do que vivos, continuando a viver mais para lamentarem a liberdade perdida do que por lhes agradar a servidão. O que quer dizer o elefante que, depois de se defender até mais não poder, sentindo-se impotente e prestes a ser apanhado, espeta as presas nas árvores e as quebra, assim mostrando o grande desejo que tem de continuar livre como nasceu? Assim dá a entender que deseja negociar com os caçadores, dando-lhes os dentes para que o soltem, entregando-lhes o marfim em penhor da liberdade.” 
(trecho retirado do livro "Discurso sobre a servidão voluntária")

sábado, 9 de março de 2013

Amigos na prosperidade ou na desventura?


O que se lê abaixo é um trecho do livro XI do Ética a Nicômaco de Aristóteles. Devorem...

"Há mais necessidade de amigos na prosperidade ou na desventura? Em ambos os casos, na verdade, as pessoas procuram amigos, considerando que precisam de ajuda tanto os que enfrentam dificuldades na vida, como também aqueles que, mesmo vivendo na prosperidade, necessitam de companheiros e de pessoas a quem beneficiar, pois, o que eles querem mesmo é fazer o bem. Ter amigos na desventura é deveras a coisa mais necessária, pois é nesses momentos que há necessidade de pessoas úteis, mas ter amigos na prosperidade é mais honroso; por isso procuram-se amigos estimados, considerando que é preferível beneficiar este tipo de pessoas e passar o tempo junto deles. De fato, a presença dos amigos é de per si agradável tanto na prosperidade como também na má sorte, pois mesmo aqueles que sofrem, ficam aliviados se os amigos sofrem com eles. Por isso, alguém poderia se perguntar se isso ocorre porque os amigos tomam como que uma parte do peso sobre si, ou não é propriamente por causa disso, mas sim, porque, sendo a sua presença agradável, e a idéia de que outra pessoa está sofrendo junto conosco, tornam menos o sofrimento. Entretanto, se quem sofre seja aliviado por este ou por outro motivo, deixemos de investigar por enquanto, confirmando porém, em todo o caso, o que dissemos há pouco. 

O efeito da presença dos amigos, por outro lado, parece ser algo complexo. De fato, o próprio fato de ver os amigos é agradável, e de modo especial a quem está passando por uma situação ruim, recebendo dos amigos uma ajuda contra o sofrimento (na verdade, quando o amigo é competente, leva consolação tanto pela sua presença como também através de suas palavras; pois, ele conhece não só o caráter da pessoa que está sofrendo, como também o que ela deseja e sente). Por outro lado, é doloroso perceber que um amigo se aflige pelas nossas desgraças; na verdade, cada qual procura evitar ser causa de sofrimento para os amigos. É por isso que os homens corajosos por natureza se resguardam de comunicar o próprio sofrimento aos seus amigos, e um homem desse tipo, mesmo sem exceder na própria sensibilidade diante da dor, não suporta causar a eles qualquer sofrimento. Além disso, ele próprio afinal, não se aproxima de pessoas inclinadas a choradeiras, pois ele próprio não gosta disso. As mulherzinhas, porém, e os homens demasiado sentimentais gostam daqueles que também se afligem com eles. Ora, é evidente quem em cada coisa é necessário sempre imitar o melhor. A presença dos amigos na prosperidade, no entanto, torna agradável a nossa maneira de viver, proporcionando-nos a idéia de que eles também gozam dos nossos bens. Por isso, parece ser uma atitude positiva convidar com solicitude os amigos na prosperidade (é honroso, na verdade, beneficiar alguém); porém, quanto a convidá-los na desventura, é bom usar de cautela (considerando ser necessário evitar que eles participem o menos possível dos nossos males, obedecendo ao ditado que reza: “para ser infeliz basto eu”). Entretanto, é necessário convidá-los, sobretudo quando eles, com um pequeno incômodo, podem ser para nós de grande ajuda.

É oportuno pois, de nossa parte, prestarmos socorro a quem passa por momentos difíceis mesmo sem sermos chamados e com prestimosidade (de fato, é próprio do amigo favorecer a outros, sobretudo beneficiar a pessoas que se encontram na necessidade, mesmo quando nada pretendem; isso na verdade é mais bonito e mais agradável para ambos); para com aqueles que vivem na prosperidade, porém, é oportuno tratá-los como solicitude, mas só para colaborar (de fato, é justamente por isso que há necessidade de amigos), ao passo que para receber benefícios é preciso proceder com cautela (de fato, não é honroso desejar receber favores). Por outro lado, é preciso igualmente evitar a fama de sermos intratáveis recusando qualquer benefício: como, por vezes, acontece realmente. Portanto, em todos os casos a presença dos amigos parece desejável"

sexta-feira, 8 de março de 2013

A Estética Filosófica


A palavra estética vem do grego aisthesis e significa "faculdade de sentir", "compreensão pelos sentidos", "percepção totalizante". Sendo, em primeiro lugar, individual, concreta e sensível, oferece-se aos nossos sentidos; em segundo lugar, sendo uma interpretação simbólica do mundo, sendo uma atribuição de sentido ao real e uma forma de organização que transforma o vivido em objeto de conhecimento, proporciona a compreensão pelos sentidos; ao se dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa imaginação e ao sentimento, toma-se em objeto estético por excelência.
Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. Em especial, no período Clássico, a ideia do Belo desempenha importante papel. Todavia, a obra de Plotino sobre o belo possui uma tônica de misticismo que é pouco especulada nos tempos atuais; sente-se nela o desejo e o esforço de uma alma que quer se encontrar e ao mesmo tempo se perder no Uno universal e inefável. Esse arrebatamento da alma, esse êxtase foi que impressionou Bergson ao ler as Enéadas, o que explica o fato de o autor das Duas Fontes Ter colocado Plotino acima de todos os filósofos.

A Beleza, essa beleza que também é o Bem, deve ser colocada como primeira realidade. Imediatamente depois dela vem a inteligência, que é uma manifestação proeminente da Beleza. A Alma é bela mediante a Inteligência. As outras belezas, por exemplo as das ações e ocupações, provêm do fato de  a Alma imprimir nelas a sua Forma, a qual também é responsável por toda a beleza que há no mundo sensível, pois sendo um ente divino, um fragmento da Beleza primordial, ela torna belas todas as coisas que toca e domina, contanto que ela mesma participe da Beleza. (PLOTINO, 2002, p. 30).

Ao estudarmos Plotino em Estética, podemos verificar uma filosofia que quer ser síntese não repetitiva, ensina afirmando: o homem ou sua alma, deve se esforçar, livremente, para buscar o caminho da perfeição, alcançando a visão direta ou o caminho experiencial com o Uno-Bem-Belo-Infinito, fonte e meta de tudo, portanto, também da alma. Esta, para alcançar este fim, deve se converter e se tornar noûs, mediante o retorno constante ao seu Princípio, autoconstituindo-se hispóstase pela visão pluralizada a partir da unidade absoluta e total com o Uno-Infinito. Esta experiência infinita faz com que a alma alcance a plenitude de sua liberdade, tornando-se consciência do que sempre foi, a saber, desde sua origem, parte do mundo do espírito.
E assim podemos afirmar concluindo, com Plotino, que o real nunca é a somatória de elementos de uma existência separada, múltipla, mas é essencialmente polaridade de termos que se sustentam, ou seja, unidade, no sentido mais absoluto do termo.
por Alex R. Carneiro

Relação de filmes com abordagem filosófica e sociológica

CRASH - NO LIMITE (Crash, EUA, 2005). Direção: Paul Haggis. Elenco: Sandra Bullock, Brendan Fraser, Matt Dillon. 112 min
Temas abordados: Relacionamentos e vida em sociedade em grandes centros urbanos, Poder, Polícia, Racismo, Terrorismo e Preconceito, Tráfico de pessoas, precarização das estruturas.
  • DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (The Motorcycle Diaries, EUA, 2004). 128 min.
    Direção: Walter Salles. Elenco: Gael García Bernal, Rodrigo de Ia Serna, Susana Lanteri.


  • CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO, Direção Estela Renner, Produção Executiva Marcos Nisti, Maria Farinha Produções. Duração: 49 m
    "Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cin


  • O NOME DA ROSA (The Name of the Rose, Ale/Fra/Ita, 1986). Direção: Jean Jacques Annaud. Elenco: Sean Conery, F.Murray Abraham, Cristian Slater. 130 min.
    Mortes estranhas ocorrem num mosteiro, localizado na Itália, durante a Idade Média. A chegada de um monge franciscano, incumbido de investigar os casos, mostrará o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do Tribunal da Santa Inquisiç


  • DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO (Danton, Fra/Polônia, 1982). Direção: Andrzej Wajda. Elenco: Gérard Depardieu, Wojciech Pszniak. 131 min .
    No período popular da Revolução Francesa, instala-se o "terror", quando ocorre a radicalização revolucionária dos jacobinos, liderados por Robespierre. Danton, outro líder revolucionário, critica os rumos do movimento, tomando-se mais uma vítima


  • CROMWELL (Cromwell, Inglaterra, 1970). Direção: Ken Hughes. Com Alec Guinness. 145 min.
    Na Inglaterra do século XVII, Oliver Cromwell volta ao Parlamento para atuar na oposição aos desmandos do rei Carlos I, que passa por cima das leis, desencadeando a Guerra Civil (1642-1649).


  • AGONIA E ÊXTASE (The Agony and the Ecstasy, EUA, 1965). Direção: Carl Reed. Com Charlton Heston. 140 min.
    # O filme relata os conflitos entre o pintor Michelangelo, o grande artista do Renascimento italiano, e o Papa Julio II. Documentário sobre o trabalho do artista.


  • GIORDANO BRUNO (Giordano Bruno, Itália, 1973) Direção: Giuliano Mortaldo. Com Gian Maria Volonté. 123min.
    Filósofo, astrônomo e matemático, Giordano Bruno fez várias descobertas científicas e desenvolveu sua teoria do universo infinito e da multiplicidade dos mundos, em oposição à tradição geocêntrica (a Terra como centro do universo). Biografia de


  • GAROTO SELVAGEM (L'Enfant Sauvage, França, 1970) Direção: François Truffaut. Elenco: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté, Claude Miller, Annie Miller. P&B, 90 min.
    Em 1797, um menino selvagem é capturado numa floresta de Aveyron, onde sempre viveu. Encaminhado para um centro de surdos-mudos, é objeto de todo tipo de curiosidade. Em seguida é levado pelo Dr. ltard, que acreditava ser possível transformar o garoto


  • UM LOBO NA FAMÍLIA (Walk Like a Man, EUA, 1987). Direção: Melvin Frank. Com Howie MandeI. 90 min.
    Um grupo de exploradores encontra um rapaz que foi criado por uma família de lobos, na selva. Decidem levá-lo para a cidade, mas sua adaptação à civilização provoca muitas confusões.


  • O ENIGMA DE KASPAR HAUSER (feder jür sich und Gott gegen alle, Alemanha, 1974). Direção: Werner Herzog, Elenco: Helmut Dõring, Bruno S. Walter Ladengast. 110 min.
    Baseado em fato real ocorrido na Alemanha de 1820, o adolescente Kaspar Hauser aparece em uma cidade, após ter vivido desde o nascimento em um porão, sem qualquer contato humano. É acolhido na casa de um professor, que inicia a sua socialização.


  • GERMINAL (Germinal, Fra/BelJIta, 1993). Direção: Claude Berri. Com Gérard Depardieu. 158 min.
    Conta a história das condições de vida e de trabalho numa mina de carvão em Lille, no norte da França, na época da Revolução Industrial.


  • O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA (Le charme discret de la bourgeoisie, França, 1972). Direção: Luis Bufiuel. 105 min.
    Uma sátira aos costumes da burguesia européia.


  • ILHA DAS FLORES (Brasil, 1989). Direção: Jorge Furtado. 12 min.
    Crítica bem-humorada aos valores da sociedade capitalista moderna.


  • A NÓS, A LBERDADE (À Nous la Liberté, França, 1931) Direção: René Clair.104 min
    O filme faz um paralelo entre o trabalho forçado numa prisão e numa fábrica.


  • A GUERRA DO FOGO (La guerre du feu, Fra, 1981). Direção: Jean-Jacques Annaud. 97min.
    O filme se passa nos tempos pré-históricos, em tomo da descoberta do fogo. A tribo Ulam vive em tomo de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, três membros saem em busca de uma nova chama.


  • EVOLUÇÃO (Evolution, Canadá, 1971). Direção: Michael Mills. 12 min.
    Desenho animado. Trata do processo evolutivo do homem. Vencedor de nove prêmios internacionais.


  • ELO PERDIDO (Missing link; EUA, 1988). Direção: David Hughes. 90 min.
    Filme sobre a vida do sobrevivente de um confronto de tribo humana com "homens macacos". Documentário com posição de crítica ao preconceito racial e de defesa da ecologia.


  • A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER (The Unbearable Lightness of Being, EUA, 1988). Direção: Phillip Kaufman. Elenco: Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche, Lena Olin. 160 min.
    Nos anos 60 em Praga, Tchecoslováquia, Tomas (Day-Lewis), um médico totalmente apolítico, tem como hobby ter diversas parceiras sexuais, mas evitando sempre um maior envolvimento. No fundo da história os acontecimentos de 1968, conhecidos como A Prima


  • REDS (Reds, EUA, 1981). Direção: Warren Beatty. 200 min.
    Jornalista norte-americano, John Reed, decide ir para a Rússia na companhia da mulher, e escreve Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, livro sobre a Revolução de Outubro de 1917.


  • A REVOLUÇÃO DOS BICHOS (Animal Farm, EUA, 1999). Direção: John Stephenson. 90 min.
    Sátira sobre a Revolução Russa e seus desdobramentos. Narra o levante dos animais de uma fazenda, revoltados contra os maus-tratos por parte dos donos. Baseado no livro de George Orwell.


  • OUTUBRO (Oktyabre, URSS, 1928). Direção: Sergei M. Eisenstein. 103 min.P&B.
    Reconstrução da Revolução de Outubro de 1917, inspirado no best-seller do jornalista militante John Reed, Os Dez Dias que Abalaram o Mundo.


  • ADEUS, LENIN! (Good bye, Lenin!, Alemanha, 2003). Direção: Wolfgang Becker.
    Elenco: Daniel Brüh1, Katrin Sass, Maria Simon. 121 min. Comédia. Na Alemanha Oriental, em 1989, mãe presencia o filho protestar contra o regime político e ser preso pela polícia. Ela sofre um ataque cardíaco e entra em coma. Alguns meses depois ela


  • BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (Blade Runner, EUA, 1982). Direção: Ridley Scott. Elenco: Harrison Ford, Sean Young. 117 min.
    "cult movie" da ficcção científica, que mostra uma chocante visão do futuro. Ano 2000, o planeta terra está em total decadencia. Os poucos Habitantes vivem aglomerados em gigantescos arranha-céus. A engenharia genética se tornou uma das maiores ind


  • WALL STREET, PODER E COBIÇA (Wall Street, EUA, 1987). Elenco: Michael Douglas, Martin Sheen, Charlie Sheen, Daryl Hannah, Sean Young. Direção: Oliver Stone. 126 min.
    Relato sobre a amoralidade do capitalismo financeiro, inspirada em fato real. Milionário que enriqueceu especulando na Bolsa, ensina os segredos a jovem e ambicioso corretor. Mas o pai do rapaz, líder sindical, desaprova seu comportamento.


  • TEMPOS MODERNOS (Modem Times, EUA, 1936). Direção: Charles Chaplin. Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard. 88 min.
    Obra-prima do cinema mudo, ambientada durante a Depressão de 1929. Chaplin, através de seu personagem Carlitos, procura denunciar o caráter desumano do trabalho industrial mecanizado, da tecnologia e da marginalização de setores da sociedade.


  • POMPÉIA, UMA PÁGINA VIRADA (França,1998). Direção: Roland Cros. 12min.
    Documentário que relata as conseqüências, para a população da cidade de Pompéia, na França, da reestruturação produtiva numa companhia siderúrgica. Produzido pelo Centre National de Documentation Pédagogique - CNDP, França.


  • DIREITOS DA CIDADANIA (Brasil, 1989). Produção: CETA-IBASE/CECIP/ FASE. 22 min.
    Partindo dos direitos garantidos na Constituição, habitação, escola, saúde, segurança, minorias etc., o programa mostra, através de entrevistas, o que o povo sabe sobre seus direitos e se eles estão sendo respeitados.


  • PRA FRENTE BRASIL. (Brasil, 1983). Direção: Roberto Farias. Elenco: Antônio Fagundes, Reginaldo Faria. 104 min.
    O Brasil de 1970, dividido entre a Copa do Mundo e a repressão política e a tortura contra os que se opunham à Ditadura Militar instaurada em 1964.


  • BARRA 68, SEM PERDER A TERNURA (Brasil, 2000). Direção: Vladimir Carvalho. 80 min.
    O filme retrata as repetidas agressões sofridas pela UnB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968, quando cerca de 500 estudantes foram detidos numa quadra de esportes no campus.


  • O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (Brasil, 1997). Direção: Bruno Barreto. Elenco: Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, CláudiaAbreu. 105 min.
    Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado, em dezembro de 1968, o Ato Inconstitucional n° 5, que acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. _ este p


  • OS MISERÁVEIS (Les Misérables, EUA, 1998). Direção: Billie August. Elenco: Liam Neeson, Claire Danes, Geoffrey Rush e Uma Thurman. 131 min.
    Após roubar um pedaço de pão para alimentar a sua família, trabalhador desempregado é perseguido por inspetor de justiça. Relato das injustiças sociais na França pós-revolucionária (séc. XIX).


  • INTERVALO CLANDESTINO (Brasil, 2005). Direção: Erik Rocha. 95 min.
    Documentário realizado durante as eleições gerais de 2002 no Brasil, capta o estado de espírito do povo brasileiro diante da realidade social, política e econômica da época.


  • O VOTO É SECRETO (Raye MakhfilSecret Ballot, Irã/Canadá/Suíça/Itália, 2001). Direção: Babak Payami. 100 min.
    A partir de uma urna eleitoral que cai do céu presa em um pára-quedas, um soldado e uma funcionária da justiça eleitoral enfrentam diversas situações delicadas para conseguir recolher os votos dos habitantes do lugar.


  • A NOITE DOS DESESPERADOS (TheyShootHorses, Don'tThey?, EUA, 1969). Direção: Sidney Pollack. Com Bruce Dem. 120 min.
    Uma visão crítica da sociedade e seus métodos de iludir o cidadão, através de uma maratona de danças, na época da Depressão Americana.


  • ANA E OS LOBOS (Ana y los lobos, Espanha, 1973). Direção: Carlos Saura. Com Geraldine Chaplin. 96 min.
    Alegoria sobre os três lobos - Exército, Igreja e Família -, sustentáculos do fascismo espanhol na época de Franco.


  • QUILOMBO (Brasil, 1984). Direção: Cacá Diegues. Elenco: Antonio Pompeo, Zezé Motta, Vera Fischer, Maurício do Valle, Grande Otelo, Toni Tomado. 119 min.
    História do Quilombo de Palmares, sob o comando de Ganga Zumba e de Zumbi, até a sua destruição, no fim do século XVII.


  • VISTA A MINHA PELE (Brasil, 2003). Direção: Joel Zito Araújo. lS min.
    Divertida paródia da realidade brasileira: numa história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados.


  • ALGUÉM FALOU DE RACISMO? (Brasil, 2003). Direção: Claudius Ceccon e Daniel Caetano. 23 min.
    Uma discussão em sala de aula revela a existência disfarçada do preconceito "sem querer", mas que fere do mesmo jeito. A partir daí, um grupo de jovens começa a descobrir as origens de um racismo do qual eles são vítimas e também, sem perceber, os


  • HISTÓRIA DOS QUILOMBOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. A VERDADE QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA (Brasil, 2002). Direção: Antônio Pitanga.
    A história dos descendentes de escravos africanos, contada por eles mesmos. É uma grande colagem de depoimentos que nos mostra quem são estas pessoas e como vivem os remanescentes das 11 comunidades quilombolas do estado do Rio de Janeiro.


  • MATRIX (The Matrix, EUA, 1999). Direção: The Wachowski Brothers. Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss. 136 min.
    Um analista de sistemas, que vende programas clandestinos, descobre que a realidade em que vive não passa de uma ilusão, de sofisticada aparência virtual, produzida por computadores que controlam o planeta.


  • O SHOW DE TRUMAN - O SHOM DA VIDA (The Truman Show, EUA, 1998). Direção: Peter Weir. Com Jim Carrey. 102 min.
    Indivíduo descobre, depois de 30 anos, que toda a sua vida foi um show de televisão no estilo "Big Brother".


  • FAHRENHEIT 451 (Fahrenheit451, Inglaterra, 1966) Direção: François Truffaut. Elenco: Oskar Wemer, Julie Christie. 112 min.
    Ficção científica. Numa sociedade do futuro, os bombeiros têm por função queimar todo tipo de material impresso, que é considerado como propagador da infelicidade. O título do filme é uma referência à temperatura que os livros são queimados (=


  • BATUQUE NA COZINHA (Brasil, 2004). Direção: Anna Azevedo. 19 min.
    Documentário sobre a tradição das "tias" no samba do Rio de Janeiro, através das lembranças de três representantes: Tia Eunice, Tia Doca e Tia Surica, as três pastoras da Escola de Samba Portela.


  • SERÁ QUE ELE É? (In & out, EUA, 1997). Direção: Frank OZ. Elenco: Kevin Kline, Joan Cusack, Matt Dillon e Tom Selleck. 93 min.
    Comédia crítica sobre os preconceitos da sociedade contras gays.


  • SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (Dead poets society, EUA, 1989). Direção: Peter Weir. Com Robin Williams. 129 min.
    Quando o carismático professor de inglês John Keating (Williams) chega para lecionar num colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico. O filme mostra a relação entre jovens


  • ACORDA, RAIMUNDO ... ACORDA (Brasil, 1990). Direção: Alfredo Alves. Elenco: Paulo Betti, Eliane Giardini, José Mayer. 16 min.
    Sátira sobre as relações de opressão entre homens e mulheres.


  • DISCRIMINAÇÃO NÃO É LEGAL (Brasil, 2000). Direção: Daniel Caetano. 20 min.
    O vídeo apresenta três esquetes, representados por alunos e educadores da Rede Pública de Ensino, cujo conteúdo é comentado por especialistas em educação e representantes de instituições do movimento negro.


  • FUNK RIO (Brasil, 1994). Direção: Sérgio Goldenberg. 46 min.
    Documentário sobre o universo do funk carioca, através de quatro jovens que moram no subúrbio, suas ligações com a marginalidade, a música e a dança.


  • AGANJU (Brasil, 1990). Direção: Luiz Augusto Tigu. 6 min.
    Reportagem sobre o grupo afro Aganju, de Queimados (Nova Iguaçu), que busca preservar e divulgar a tradição afro-brasileira através da dança. O grupo conta os preconceitos enfrentados e apresenta a coreografia chamada "Os orixás".


  • PIERRE "FATUMBI" VERGER· MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS (Brasil, 2000). Direção: Lula Buarque de Holanda. 82 min.
    Documentário sobre a vida do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger. Após viajar ao redor do mundo como fotógrafo, Verger radicou-se em Salvador, BA, em 1946, onde passou a estudar as relações e as influências culturais mútuas entre o Brasi


  • ANGOLA (Brasil,1999). Direção: Roberto Berliner. 55 min.
    Documentário de um diretor brasileiro sobre a diversidade da sociedade angolana na década de 1990. Começando com uma breve história da guerra de independência de Angola, o documentário nos dá um panorama geral sócio econômico angolano, através d


  • CIDADÃO KANE (Citizen Kane, EUA, 1941) Direção: Orson Welles. 119 min.
    Dono de império jomalístico murmura a palavra rosebud antes de morrer solitário em sua gigantesca mansão. Filme clássico que mostra o poder da TV nos EUA.


  • MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE (Brazil: Beyond Citizen Kane, Inglaterra, 1993). Direção: Simon Hartog. 93 min.
    Documentário que discute o poder da Rede Globo. Produzido pela BBC de Londres. Teve sua exibição proibida no Brasil.


  • BOA NOITE E BOA SORTE (Good night, and good luck, EUA, 2005). Direção: George Clooney. Elenco: George Clooney, David Strathairn, Jeff Daniels, Robert Downey Jr. 93 min.
    Nos EUA dos anos 1950, o filme conta os conflitos reais entre um repórter televisivo e o Senador Joseph McCarthy, com a sua política de perseguição a supostos comunistas durante o período da Guerra Fria. Para esclarecer os fatos ao público, o repór


  • A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA (The revolution will not be televised, Irlanda, 2003). Direção: Kim Bartley e Donnacha O'Brien. 74 min.
    Documentário que apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela, produzido em parceria com a BBC de Londres. Os dois cineastas irlandeses estavam na Venezuela realizando, desde setembro de


  • PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO (Brasil, 1981). Direção: Hector Babenco. Elenco: Man1ia Pera, Jardel Filho e Rubens de Falco. 127 min.
    História de um grupo de meninos de rua de São Paulo que acaba se envolvendo com o tráfico de drogas e sofrendo forte repressão policial.


  • CIDADE DE DEUS (Brasil, 2002). Direção: Femando Meirelles. Elenco: Matheus Nachtergaele, Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora. 135 min.
    Conta a história de dois meninos - Buscapé e Dadinho/Zé Pequeno - durante a ocupação do conjunto habitacional Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Enquanto o primeiro consegue resistir ao apelo de se tomar bandido e vira fotógrafo, o outro se transfor


  • NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR (Brasil, 1998). Direção: João Moreira Salles. 53 min.
    Documentário mostrando a realidade do tráfico de drogas numa favela do Rio de Janeiro.


  • ASSASSINATO NUMA MANHÃ DE DOMINGO
    (Murder on a Sunday Moming, EUA, 2001). Direção: Jean-Xavier de Lestrade e Denis Poncet. 110 min. Filme-documentário sobre discriminação racial e violência promovida pela polícia nos EUA.


  • CARANDIRU (Brasil, 2002). Direção: Hector Babenco. Elenco: Luiz Carlos Vasconcelos, Milton Gonçalves, Ailton Graça, Rodrigo Santoro, Caio Blat, Wagner Moura. 146 min.
    Filme baseado na realidade vivida pelos presos na Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, e a chacina ocorrida 02 de outubro de 1992, que matou 11 O pessoas.


  • CRIANÇAS INVISÍVEIS (All the lnvisible Children, Itália, 2005). Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso. 116 min.
    Projeto criado pela UNICEF para despertar a atenção para o drama vivido por crianças que vivem nas ruas, em várias partes do mundo. O filme é composto por sete curtas-metragens, realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina Faso, China


  • FALCÃO - MENINOS DO TRÁFICO (Brasil, 2006). Direção: MV Bill e Celso Athayde. 125 min.
    Documentário produzido com base em entrevistas em diversas comunidades pobres do Brasil, entre 1998 e 2006, feitas pelo rapper MV Bill e pelo seu empresário Celso Athayde, retratando a vida de jovens de favelas brasileiras que trabalham no tráfico de d


  • OS TRÊS PORQUINHOS (Brasil, 2006). Direção: Cláudio Roberto. 4 min.
    Uma explicação sobre a estrutura perversa do tráfico de drogas através da alegoria de uma antiga história infantil Pode ser assistido em http://www.portacurtas.com.br/filme_abre_pop.asp?cod =4906&exib=2636


  • UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL! (Un' altro mondo 'e possibile! Itália, 2001). Direção: Alfredo Angeli, Giorgio Arlorio, Mario Balsamo e outros. 120 min.
    Documentário. Discute a participação da população no encontro dos oito países mais desenvolvidos do mundo, a Convenção do G-8, realizada em Gênova, em 2001, quando o estudante Carlo Giuliani foi assassinado com um tiro na cabeça. UM OUTRO MUNDO


  • NENHUM A MENOS (Yige dou buneng shao, China, 1998). Direção: Zhang Yimou. 106 min.
    Companheirismo, perseverança e solidariedade na história de uma adolescente de 13 anos que substitui temporariamente o professor da escola de uma pequena vila chinesa, com a responsabilidade de não permitir que nenhuma criança abandone os estudos.


  • PROMESSAS DE UM NOVO MUNDO (Promises, EUA/Palestina/Israel, 2001). Direção: Justine Shapiro, B.Z. Goldberg e Carlos Bolado. 116 min.
    Documentário que procura descobrir e revelar o que pensam e sentem crianças palestinas e judias que vivem na região de Jerusalém, em meio ao conflito no Oriente Médio.
  • quinta-feira, 7 de março de 2013

    LabES - Laboratório de Ensino de Sociologia Florestan Fernandes



    O Laboratório de Ensino de Sociologia Florestan Fernandes é um espaço para os professores, licenciandos e pesquisadores terem acesso a todo o material disponível sobre o ensino de Sociologia na Educação Básica. Legislação, artigos, teses, dissertações, materiais didáticos, conteúdos programáticos, experiências didáticas estão à disposição, fazendo com que o LabES se constitua em uma importante ferramenta de trabalho a todos os interessados na história, no ensino e na formação do professor de Sociologia. 

    Acesse o site e confira os recursos disponíveis:
    http://www.labes.fe.ufrj.br/

    quarta-feira, 6 de março de 2013

    Uma Introdução a Filosofia Política e Econômica com a professora Tamar Gendler (LEGENDADO)


    Vale a pena ouvir a professora Tamar Gendler, do departamento da Universidade de Yale, explicar algumas ideias de pensadores fundamentais da filosofia política: Hobbes, Rawls, Nozick...
    Uma boa forma de nos iniciarmos nesta área de estudo da Filosofia e ver mais longe nos ombros de gigantes.

    terça-feira, 5 de março de 2013

    ONU abre inscrições para concurso internacional de redação de cartas


    Estão abertas as inscrições para o 42° Concurso Internacional de Redação de Cartas.


    O tema deste ano é “Escreva uma carta a alguém para lhe explicar porque a água é um recurso precioso” – uma referência ao Ano Internacional de Cooperação pela Água, coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

    O concurso para é realizado pela União Postal Universal (UPU) com participação dos Correios.

    Mas não perca o prazo: 15 de março.

    Conheça os detalhes: http://www.onu.org.br/onu-abre-inscricoes-para-concurso-internacional-de-redacao-de-cartas/

    segunda-feira, 4 de março de 2013

    Unesco recomenda o uso de celulares como ferramenta de aprendizado


    MANUAL PARA GOVERNOS DÁ MOTIVOS E DICAS DE COMO APROVEITAR A TECNOLOGIA MÓVEL PARA GARANTIR MELHORES RESULTADOS NA ESCOLA

    Pesquisa no Brasil mostrou que alunos levam celular para escola, 
    mas aprovam proibição de uso

    A UNESCO PUBLICOU UM GUIA COM 10 RECOMENDAÇÕES PARA GOVERNOS IMPLANTAREM POLÍTICAS PÚBLICAS QUE UTILIZEM CELULARES COMO RECURSO NAS SALAS DE AULA. O GUIA, APRESENTADO EM PARIS NA SEMANA PASSADA DURANTE A MOBILE LEARNING WEEK, TRAZ AINDA 13 BONS MOTIVOS PARA TER ESSE ALIADO NA EDUCAÇÃO.

    “Cada país está em um nível diferente no uso das tecnologias móveis em sala de aula. Por isso, é importante que cada um use o guia adaptado às suas necessidades locais”, diz Steve Vosloo, coordenador do projeto. O especialista conta que a ideia de lançar essas recomendações surgiu a partir da constatação de que, mesmo considerando o uso das tecnologias em sala de aula algo pedagogicamente importante, muitos governos não sabiam por onde começar.
    Para ele, a questão do acesso já está avançada e o problema agora é dar significado a esse uso. Especialistas da Unesco espalhados pelo mundo começaram a elaborar um guia com orientações que servissem a qualquer governo, independentemente do grau de maturidade que o país estivesse nesse debate.
    O documento começa com uma orientação que parece simples: ter políticas que incentivem o uso das tecnologias móveis em sala de aula. Isso pode querer dizer tanto criar políticas da estaca zero ou ainda atualizar políticas que foram criadas no momento em que as tecnologias móveis ainda não eram tão acessíveis. “As diretrizes políticas relacionadas ao aprendizado móvel que forem criadas devem estar em harmonia com as que já existirem no campo das TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação)”, afirma a Unesco no documento.
    Na sequência, o guia traz à luz a necessidade de se treinar professores e de fazer isso com o uso de tecnologias móveis, para que eles também se apropriem dessas ferramenta na vida deles. “No Brasil, os professores têm certa resistência em incorporar novas tecnologias. A sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular”, afirma Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, que avalia que parte disso se deve ao fato de o professor ainda não estar completamente familiarizado com essas ferramentas. “Isso faz com que muitas oportunidades educacionais se percam, especialmente no ensino médio, época em que o aluno já está ligado e nas redes.”
    Outras recomendações presentes no documento dizem respeito à criação de conteúdo adequado e à promoção do uso seguro e saudável das tecnologias. Com essas orientações, acredita a Unesco, os governos estarão mais próximos de usufruir dos benefícios do aprendizado móvel, dentre eles ampliar o alcance e a equidade da educação e facilitar o aprendizado personalizado.
    Confira, a seguir as 10 recomendações e os 13 bons motivos para se usar tecnologias móveis em sala de aula:
    10 recomendações aos governos: - Criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel 
    - Conscientizar sobre sua importância 
    - Expandir e melhorar opções de conexão 
    - Ter acesso igualitário 
    - Garantir equidade de gênero 
    - Criar e otimizar conteúdo educacional 
    - Treinar professores 
    - Capacitar educadores usando tecnologias móveis 
    - Promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologias móveis 
    - Usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional 
    13 motivos para tornar o celular ferramenta pedagógica: - Amplia o alcance e a equidade em educação 
    - Melhora a educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais 
    - Assiste alunos com deficiência 
    - Otimiza o tempo na sala de aula 
    - Permite que se aprenda em qualquer hora e lugar 
    - Constroi novas comunidades de aprendizado 
    - Dá suporte a aprendizagem in loco 
    - Aproxima o aprendizado formal do informal 
    - Provê avaliação e feedback imediatos 
    - Facilita o aprendizado personalizado 
    - Melhora a aprendizagem contínua 
    - Melhora a comunicação 
    - Maximiza a relação custo-benefício da educação

    sábado, 2 de março de 2013

    III ENESEB - Encontro Nacional Ensino de Sociologia: "Juventude e ensino Médio"


    III ENESEB -  Encontro Nacional Ensino de Sociologia será realizado nos dias 31/05/13 a 03/06/13 em Fortaleza-CE, com o tema:"Juventude e ensino Médio".

    Clique na imagem para ser direcionado ao site do congresso

    Está sendo preparado o 3º ENESEB-Encontro Nacional sobre o Ensino de Sociologia na Educação Básica, um evento nacional que vai para a sua terceira edição e se propõe a discutir os rumos da disciplina de Sociologia na escola, assim como a formação do professor e o papel da Universidade nesse processo.

    Participam, deste encontro, professores universitários de todo o país, estudantes de licenciatura de universidades públicas e privadas, e professores da rede básica de todo o território nacional.  No ano de 2013, o Encontro discutirá o papel da universidade na formação de profissionais que lidem com os desafios postos no século XXI, tendo como tema central a Juventude e o Ensino Médio. Um dos destaques do evento será o Encontro Nacional do Programa Institucional de Iniciação à Docência de Sociologia no qual licenciandos, professores da educação básica e professores universitários terão oportunidade de compartilhar experiências vivenciadas nas escolas públicas do país.

    O ENESEB acontecerá em Fortaleza na Universidade Federal do Ceará entre os dias 31 de maio a 03 de junho e contará com palestras, mesas-redondas, oficinas, GT’s, exibição de documentários e atividades culturais.

    ONU conta experiências de defensores de direitos humanos sob proteção do Governo brasileiro



    Dez faces da luta pelos direitos humanosDez defensores de direitos humanos sob proteção especial do Governo brasileiro contam suas histórias em uma publicação lançada no final de 2012 pelas Nações Unidas no Brasil em parceria com a Embaixada do Reino dos Países Baixos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Delegação da União Europeia no Brasil.
    A série de entrevistas, reunidas no documento “Dez faces da luta pelos direitos humanos”, apresenta denúncias na voz dos defensores de direitos humanos do País, as motivações de luta e os percalços inerentes à atuação de cada um.
    As histórias desses homens e mulheres representam as experiências de todos os defensores incluídos e acompanhados pelo Programa Nacional e pelos Programas Estaduais de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. As atuações cobrem áreas distintas: direito à terra, à vida, à um tratamento adequado e não violento, ao meio ambiente, à manutenção de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e de pescadores.
    A publicação é uma iniciativa inspirada na Declaração sobre Defensores dos Direitos Humanos, de 9 de dezembro de 1998, quando os países afirmaram a responsabilidade de todos no que diz respeito a promoção e a proteção dos direitos humanos.
    Clique abaixo para acessar a publicação


    sexta-feira, 1 de março de 2013

    XXVI Congresso Mundial de Filosofia do Direito e Filosofia Social: Direitos Humanos, Estado Democrático de Direito e os desafios sociais contemporâneos



    21 a 27 de Julho de 2013
    Campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte - MG - Brasil


    Clique na imagem para ser direcionado ao site do congresso

    A Associação Brasileira de Filosofia do Direito e Sociologia do Direito (Abrafi), com o apoio de diversas entidades, tem o privilégio de organizar o 26º Congresso Mundial de Filosofia do Direito e Filosofia Social da Internationale Vereinigung für Rechts- und Sozialphilosophie (IVR), com o tema Direitos Humanos, Estado Democrático de Direito e os desafios sociais contemporâneos. Trata-se da primeira vez que o congresso tem lugar no Brasil. 

    A Filosofia do Direito e a Filosofia Social são disciplinas que gozam de muito prestígio na América Latina e, em especial, no Brasil. Minas Gerais, sobretudo, possui larga tradição nessa área, que remonta a Tomás Antônio Gonzaga, durante o período colonial, e expressiva importância no cenário acadêmico brasileiro e internacional. A Universidade Federal de Minas Gerais, sede do evento, é a maior e mais importante Universidade Federal do País, contando hoje com 31.000 alunos de graduação e 15.000 alunos de pós-graduação e tendo sido responsável, em 85 anos de existência, pela formação de quatro presidentes da república e de vários governadores do estado.

    O tema geral do congresso reflete a preocupação dos Filósofos do Direito e Filósofos Sociais com os graves desafios que enfrentam hoje as sociedades plurais e, em especial, os países em via de desenvolvimento: Como é possível a democracia, em sociedades compostas por tradições culturais e projetos políticos tão diversos? Como é possível harmonizar o desenvolvimento econômico com a preservação das liberdades individuais e com os direitos culturais de cada povo? Em que medida a pretensão de universalidade dos Direitos Humanos não corresponde a um preconceito ocidental? Em que medida o desenvolvimento econômico e social do hemisfério Norte não compromete o desenvolvimento dos países do hemisfério Sul? Pretendemos propiciar uma oportunidade privilegiada para que essas e outras questões sejam discutidas pela comunidade acadêmica internacional, e para que essa discussão possa contribuir para a construção de um mundo melhor.

    Além dos Working Groups (com submissão direta de papers) e dos Special Workshops (propostos pelos participantes), haverá oito seções plenárias, com os seguintes convidados:

    Celso Lafer (Brasil)
    Mortimer Sellers (EUA)
    Norbert Horn (Alemanha)
    Sindiso Mnisi Weeks (África do Sul)
    Stephan Kirste (Áustria)
    Tom Campbell (Austrália)
    Yasutomo Morigiwa (Japão)
    Também será um dos Keynote Speakers o vencedor do IVR’S Young Scholar Prize, a ser divulgado no início de 2013. Todas as atividades do congresso serão desenvolvidas em Inglês.
    Nesta edição, algumas novidades devem ser destacadas. Em primeiro lugar, a organização do evento reservou tempo e espaço na grade de programação para que as seções nacionais da IVR que o quiserem promovam reuniões de seus membros, que podem ser confirmadas mediante requisição dos respectivos presidentes. Além disso, pela primeira vez na história do congresso, serão concedidas bolsas para professores e alunos de países em desenvolvimento que queiram participar do evento. 

    Além de seus aspectos acadêmicos, o evento é uma oportunidade única para estabelecerem-se e consolidarem-se contatos entre os pesquisadores da área, razão pela qual os eventos sociais têm um papel quase tão importante quanto os Working Groups e os Special Workshops: um coquetel de abertura no dia 21, uma apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais no dia 23, uma excursão ao Museu e Jardim Botânico de Inhotim durante todo o dia 24 e um jantar de encerramento no dia 26, além de almoços diários no local do próprio Congresso, garantirão condições para tais contatos. 

    Belo Horizonte,  conhecida como Capital Mundial dos Bares e Restaurantes, foi a primeira capital planejada do país (1897), possui 2.400.000 habitantes e é uma das mais agradáveis cidades de grande porte do país, com temperatura média em julho de 19°C, sem chuvas, sendo servida por um aeroporto com voos diretos para Buenos Aires, Lisboa e Miami, dentre outros destinos internacionais. Sugerimos que reserve o sábado anterior ou posterior ao evento para conhecer Ouro Preto (75 km de distância), antiga capital do Estado e patrimônio da humanidade da UNESCO.

    Esperamos vê-lo em breve em Belo Horizonte, para que você descubra o que significa “hospitalidade mineira”!

    Prof. Dr. Marcelo Campos Galuppo

    Documentário dublado sobre Albert Einstein (versão sem cortes)

    Albert Einstein, o mais célebre cientista do século 20, foi um dos raros físicos que elevou a magnitude de suas ideias a tal ponto que influenciou de modo decisivo a filosofia contemporânea. O vídeo abaixo trata-se de um documentário dublado e completo produzido e exibido pela History Channel.