Blog orientado pelo Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de São José dos Campos - PCNP de Filosofia e Sociologia

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Encontro Nacional de pesquisa em Filosofia da Universidade de Ouro Preto - MG

Do dia 29/10 a 01/11 acontece o ENPF (Encontro Nacional de pesquisa em Filosofia) da Universidade de Ouro Preto - MG. Dia 04/08 começam as inscrições para envio dos resumos dos comunicadores a serem selecionados. As inscrição para ouvintes acontecerá no dia do evento. 

Site: www.enpf.org

Orientação Técnica de Filosofia na Exposição Cultural "Mestres do Renascimen​to"


Caros Professores de Filosofia da Rede Estadual de SJCampos,


Dia 30 de agosto de 2013 realizaremos uma Orientação Técnica na Exposição "Mestres do Renascimento" no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) em  São Paulo.


Foram disponibilizadas 20 vagas aos professores de Arte, 20 vagas aos professores de História e 20 vagas aos professores de FILOSOFIA (aos professores de sociologia já foi programado outro passeio em setembro que em breve será informado maiores detalhes).


A pré-inscrição de interesse será realizada a partir de amanhã, dia 13 de agosto, data que enviaremos uma circular para todas as escolas. As vagas serão preenchidas por ordem de envio dos emails destinados ao PCNP da disciplina específica. Serão divulgadas a relação dos professores assim que preenchidas o número de vagas disponíveis em cada disciplina.


Informo também que é IMPORTANTE ressaltar que teremos uma reunião preparatória no dia 24 de agosto, das 9h às 12h, sábado, fora do horário de trabalho. A participação nesta reunião é condição para garantir sua ida à expedição. No dia 30 de agosto a viagem será garantida via convocação daqueles que participaram da pré-inscrição via email e também da reunião acima mencionada.


 email PCNP de Arte : andreiaoficina@gmail.com

 email PCNP de Filosofia: alexrodcarneiro@gmail.com

 email PCNP de Historia: vicentemjunior@hotmail.com


 Qualquer dúvida estou à disposição via email ou no (12)3519-4229.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Do educar para esperançar de Agostinho da Silva: uma pedagogia para o século XXI

Por Lúcia Helena Alves de Sá[1]
Etimologicamente, a palavra educar origina-se do latim ec-ducere que significa eduzir. No alemão, corresponde à palavra erziehen, formada por ziehen, que significa puxar, arrancar; e pelo prefixo er que denota um movimento completo para fora. Logo, educar é trazer para fora, é extrair de uma pessoa algo que a torne transformada. É, de certo, também, uma ação interativa e dialética realizada entre as pessoas que atuam em sociedade e nela estão imersas. Bem assim, educação é o processo que renova uma pessoa, extraindo-lhe ou libertando-lhe potencialidades criadoras. É, conforme Agostinho da Silva, “[...] a anagonia, o caminho para cima, [...]”[2]
Todavia, as forças contra-educativas obstaculizam a emancipação do poder criativo em crianças, jovens e adultos. O professor Agostinho da Silva disso esteve sempre cônscio e evidenciou em sua práxis pedagógica — já inserida nos Cadernos de Informação Cultural(fascículos que circulavam em Portugal nos idos anos de 1940) — que, por um lado, cada um de nós tem de ser sujeito do processo educativo e, por outro, educar não é se encher isoladamente de conhecimento.
Assim posto, a educação é ontologicamente política; sem mudança ela não existe. E políticos somos todos nós porque vivemos em sociedade; estamos na polis. A finalidade de todo ato educativo é a transformação que, por sua vez, não ocorre sem embate pelo poder, sem o ato de modificar o mundo para quem, com quem e contra quem. Igualmente, todo ato educativo deve, sobretudo, indagar com que intensidade e alcance deve haver tal mudança, seja ela no nível histórico, social ou individual.
Agostinho da Silva isso fez na medida em que ajudava a fundar inúmeras instituições de nível superior, promovendo o desenvolvimento de centros de estudos, de investigação, bem como missões e projetos culturais, centros de ensino e pesquisa, de assessoria econômica e política, de divulgação das realidades e problemas mundiais, tais como os Centros Brasileiros de Estudos Portugueses (CBEP), em Brasília, e o Centro de Estudos Afro-Oriental (CEAO), na Bahia, nos quais deixou registrada sua feição de educador nato.
Desse modo, o professor Agostinho da Silva esteve promovendo uma educação que produzisse conhecimento frutífero, inovador que dá feição nova à realidade, à sociedade. Fez com que nos lembrássemos dos inúmeros conhecimentos elaborados pelo homem ao longo dos séculos em filosofia, literatura, lingüística, artes, ciências e tecnologia que outrora transformaram o mundo e hoje produzem saberes (no sentido mais amplo da expressão) de alta qualidade e continuarão a dar um contributo de grande valor ao patrimônio comum da cultura humana para que lancemos
[...] mão de todos os meios técnicos já hoje ao nosso dispor para que ninguém por fome ou desespero emigre ou morra, para que a ninguém falte a informação que lhe permita colaborar nesse trabalho e fruir de toda a beleza do universo à nossa volta, para que ninguém, pelo receio das sanções, possa deixar de exprimir seu inteiro pensamento; [...].[3]
E, hoje, sem dúvida, afirmaria Agostinho da Silva que “[...] com os meios técnicos que temos ao nosso dispor, só há pobreza nas cabeças, não no mundo [...]”[4]. Entretanto, são nessas prerrogativas que, paradoxalmente, aparecem os conflitos de interesses inerentes ao fato de que conhecimento implica a aquisição, a manutenção e a reinvenção do poder. Então, o mestre luso-afro-brasileiro pensou e realizou um ato educativo que irrompesse as forças criadoras latentes que não são apenas inatas; ao contrário, podem ser desenvolvidas no ser humano em qualquer fase de sua vida.
O Agostinho da Silva educador incitou o pensar autêntico e original nos indivíduos porque acreditava que em todos nós há uma força criativa e criadora da qual “[...] poderemos construir obra semelhante e devolver-nos a tal grandeza divina de que por tanto tempo temos andado divorciados; [...]”[5], que nos torna, em simultâneo, poetas e poemas de nossos afazeres cotidianos e fazeres espirituais (entenda-se intellectum). Em outros termos, a pedagogia agostiniana compreendeu “[...] que é cada homem um fenómeno em si, único na vida, com sua própria mensagem que jamais renascerá igual e de que nos convém a todos meditar a lição e aprender até nos erros que cometa [...]”[6]. Assim perspectivou em suas “conversas vadias” conversadas (vale o pleonasmo), especialmente nos países de língua portuguesa onde plantou idéias geniais, um homem novo que melhor pudesse aventurar-se nos saberes humanistas.
Especificamente no Brasil, entre outras ações de cunho cultural e absolutamente educativas, Agostinho da Silva ajudou na formação de várias Universidades deixando evidente que em cada uma delas a pesquisa deveria ser livre, “[...] livre a transmissão do que se descobre e livre a objecção a qualquer espécie de doutrina, [...]”[7].
Na Universidade de Brasília, à época de sua fundação em 1961, implantou o Centro Brasileiro de Estudos Portugueses (CBEP) e pro-jetou uma Faculdade de Teologia, espaço no qual todas as pessoas indistintamente que lá adentrassem estariam disponíveis a pensar conhecimento novo e fértil que firmasse e afirmasse nossa particular brasilidade de pensar português.
O pensar português pertence a nossa mais profunda raiz cultural, às tradições liberais oriundas da Idade Média portuguesa,
[...] não dos séculos em que Portugal foi [...] subjugado pelo capitalismo [...], pelo absolutismo real baseado no direito cesarista e pela intolerância religiosa que principia, com D. João II, pela perseguição dos judeus e firmemente se estabelece com os inquisidores a partir do reinado de D. João III.[8]
Nosso pensar é português porque é um pensamento pensado nos contos, nas cantigas, nos ditados populares; e é um pensamento vivido dentro de uma economia coletivista, baseada nas organizações republicanas, democráticas e populares, notadamente presente no culto medieval do Espírito Santo; o pensar português
[...] vai da base em que assenta uma liberdade metafísica para aquelas em que assenta a liberdade prática: a economia de abundância ao alcance de todos, a educação da curiosidade a todos aberta e em todos satisfeita, a abolição de toda grade, de toda cadeia em que hoje os homens se prendem e debatem.[9]
Naquela Universidade de Brasília, onde se esperaria a execução da chamada educação formal ou sistemática, estaria garantida a pesquisa e a criatividade, bem como, reflexões quanto à concepção de ser humano que devemos ter para intervirmos positiva e construtivamente no fenômeno educativo. Ou seja, com a Faculdade de Teologia lá instalada, Agostinho da Silva tentou humanizar o conhecimento e, por conseguinte, o poder.
Este educador tinha claro em seu pensamento e nas várias atividades que desenvolveu a necessidade de um sistema econômico e de políticas governamentais que fomentassem (e não atrapalhassem) a realização da educação. Aliás, uma educação que tivesse em sua base a construção cidadã e o cultivo do espírito livre haja vista que [...] nenhum homem verdadeiramente o é enquanto submetido à miséria, à ignorância e ao medo, [...]”[10].
Infelizmente, a realidade histórica brasileira (com escravidão, ditadura, pobreza, preconceito e exclusão social, violência e corrupção) impede a emersão de forças criadoras já envolvidas na e pela contra-educação. O problema de nossa educação consiste, indubitavelmente, na questão de como superar a contra-educação que, em termos ontológicos, é tudo aquilo que oblitera o ser humano de ser mais do que já é e cujo fim não é a transformação.
Claro está que para abolir a contra-educação é necessário que condições econômicas
[...] permitam que o menino que vai à escola não faça falta para o orçamento da família, esteja na aula sem fome e tenha, além disso, comido o suficiente antes dos três anos para que o seu cérebro não tenha sido irreparavelmente atingido; [...] permitam que não haja cinqüenta alunos a cargo de um professor e quantas vezes alunos de classes diferentes e que os referidos professores não ganhem tão miseravelmente que apenas sobrevivam e se encontrem cortados de tudo quanto é cultura, [...]; condições econômicas que possam sustentar escolas de formação, a nível universitário, com suas classes de experiência, suas bibliotecas circulares e seus salários de aluno.[11]
Nessa perspectiva, devemos acreditar que há duas vertentes com as quais podemos ler o pensamento pedagógico de Agostinho da Silva a fim de apreender o sentido da educação para a transformação imperativa no século XXI. A primeira apontaria para a sua tentativa de superar todos os obstáculos contra-educativos existentes em nossa cultura, em nossa sociedade e em cada um de nós, tanto no âmbito temporal quanto no espacial. A outra analisaria o seu pensamento, tentando encontrar a originalidade do novo caminho proposto por ele. Assim, podemos seguir nessa direção, levando em conta as delimitações desse artigo, com o intuito de, na medida do possível, abordar o núcleo de seu pensamento pedagógico e diríamos mais precisamente, anagógico.
Sabemos que na economia capitalista poucas pessoas beneficiam-se da riqueza do país, enquanto muitos passam ao largo de usufruí-la. De um lado, há uma elite que goza o deleite dos bens materiais e o acesso a instituições de ensino que oferecem conhecimentos científico, filosófico, artístico e cultural gerados pela Humanidade; e, de outro, inúmeros indivíduos que, quando muito, freqüentam escolas cuja pouca qualidade material ou estrutural, em geral, não é das melhores, mas, em contrapartida ainda encontram uma intensa rede de profissionais competentes e qualificados que tentam enfrentar a contra-educação.
A contra-educação já era uma constante nas escolas brasileiras dos anos 50 do século XX e mantida essencialmente invariável no tempo. As forças contra-educativas que atuavam (e ainda atuam) no sistema de ensino formal no Brasil devem ser superadas e substituídas por outro tipo de ambiente educacional que incite e induza o aparecimento de pessoas criativas nos vários segmentos; ambiente no qual alunos e professores possam ser sujeitos do processo de estudar e cujo conteúdo disciplinar seja profundamente compreendido por eles.
Em torno da pedagogia de Agostinho da Silva, afirmamos que a nossa escola ainda está mal preparada, sem equipamentos, sem adequado material didático (pois o livro didático sustenta o poder do dominador), sem condições higiênicas adequadas e com precárias verbas. Ademais, nossa escola é sem vitalidade o que impede a inserção do aluno, jovem ou velho, e do educador no processo de democratização e de desenvolvimento do País.
Urge uma escola onde se possa auscultar, seguindo os pensamentos de Agostinho da Silva, “[...] os mistérios divinos, de onde se aprende a ser Homem na relação com o Mundo.”[12]. Em outros termos, diríamos da precisão da construção de uma escola onde, realmente, se estudaria e se trabalharia (entenda-se trabalho como jogo, homo ludens); nela não se diluiriam disciplinas de estudo e uma disciplina de estudar como ocorre, por exemplo, na graduação. Neste nível, ensina-se o que foi feito, ao passo que na pós-graduação pesquisa-se o novo. Esse dilema entre ensino e pesquisa empobrece o nosso sistema educacional visto que ainda muitos professores que dão aula na graduação formam formadores somente para transmitir saberes alheios.
Os professores-formadores passam a ser responsáveis pela educação de meninos e de meninas nos níveis fundamental e médio e, muitas vezes, ignoram que se deve ensinar para a pesquisa, para o pensar. Quando se ensina pesquisando e se pesquisa ensinando, não existe nenhuma dicotomia entre a transmissão de conhecimento já elaborado e aquele em fase de gestação. Seguramente, Agostinho da Silva estava convicto de que o pensar criativo e criador provoca a emersão de idéias novas e fecundas no ser humano e é esse momento de júbilo existencial que é inerente a físicos, poetas, matemáticos, escritores e artistas.
Logo, concebemos que a educação pleiteada por Agostinho da Silva é como uma centelha sem a qual não há nenhuma transformação da realidade. Apenas na produção de conhecimento inovador, original, livre das amarras do espírito competitivo e individualista é possível intervir no mundo. E esse é um ato essencialmente político, transformador, porque temos de decidir para quem e contra quem esse mundo deverá ser mudado e examinar a quem interessa a contra-educação, quem se aproveita economicamente dos métodos contra-educativos ainda presentes na sociedade brasileira.
Já que do ponto de vista econômico um país que não investe maciçamente em educação está fadado a se manter em um estágio de subdesenvolvimento, de país terceiro-mundista, a pedagogia de Agostinho da Silva, mesmo dentro de um sistema capitalista, pode aproveitar-se das contradições intrínsecas à sociedade para alavancar a finalidade do conceito de educação: educar para a transformação; educar para esperançar o novo.
Apesar da dominação da contra-educação, já confundida com o conceito de educar dito acima, Agostinho da Silva há muito fincou os pilares básicos de uma pedagogia de esperança. Portanto, não é inoportuno aproximar o seu pensar e o seu fazer pedagógico com o de Heráclito de Éfeso (Fragmento 18): “Se não esperar o inesperado não se descobrirá, sendo indescobrível e inacessível.” Para melhor entender, lê-se Gerd Bornheim, em Os filósofos pré-socráticos: “Se não tiveres esperança, não encontrarás o inesperado, pois não é encontradiço e não é inacessível.”
Isto posto, foi a partir das leituras de Textos Pedagógicos I (1999) eTextos Pedagógicos II (2000), de Agostinho da Silva, que nos questionamos qual papel pode exercer a educação (formal ou não) na transformação de nossa realidade que privilegia poucos e afugenta muitos. Deles concluímos que, de fato, deve ser a criança o centro das atenções e intenções de uma educação para a liberdade, para a fraternidade; e a alfabetização não apenas de crianças, mas também de jovens e de adultos, deve — ao conscientizá-los da urgente renovação mundial em princípios e valores humanistas em uma esfera de criatividade irmanada à grande obra da criação do mundo — retirá-los de sua situação de excluídos e de oprimidos.
Essa tomada de consciência esclarece a todos se o objetivo é, por meio da educação, procurar ter o que a classe dirigente possui ou se é gerar outro modo de vida que encontre substância na confirmação da existência de outras sociedades organizadas segundo outros princípios que não os da sociedade atual. Estamos a acenar o que Agostinho da Silva vislumbrou na Festa do (Divino) Espírito Santo: a possibilidade de se viver de acordo com padrões divergentes dos que hoje estão em vigor. Um modo de vida no qual o fato de o essencial para a felicidade do povo é ter liberdade de decisão e não a forçada obediência a uma entidade administrativa opressiva e soberana. É esse o principal alvo crítico do pensar pedagógico ativo de Agostinho da Silva, dado por muitos por utópico porque foge às características de modernidade.
Todavia, Agostinho da Silva, quando enfatiza o Espírito Santo em textos de cunho pedagógico e a sua configuração festiva na qual se coroa Imperador uma criança em textos diversos, nos insere efetivamente (e isso se relaciona também a certa ação pedagógica) em uma experiênciaUna, singular o bastante para reavivar, (re)assimilar nosso passado com a Terra da Luz Oculta[13], a Lusitânia; o Porto do Graal, Portugal. Paradoxalmente, a nossa modernidade é não sermos modernos e no âmbito da mentalidade burguesa eurocêntrica-americana mantemo-nos na tensão entre a história que vem de fora e as condições locais que a ela nem sempre se ajustam.
Agostinho da Silva, que foi um estimulador de mudanças, abalou certezas, propondo alternativas e provocando a imaginação alheia quanto a se fazer ações que se processassem “[...] não segundo critérios económicos ou tecnográficos, mas sob guia de metafísica ou religião, donas reais do proceder [...].”[14] que estariam contra todas as condições que mantêm o povo física e intelectualmente miserável; contra todo tipo de segregação de classes ou de raças.
A Festa do (Divino) Espírito Santo, que se coaduna com o pensamento e ação pedagógicas de Agostinho da Silva, não nos remete só para o eixo religioso, prendendo-nos à esfera do sagrado tão olvido no mundo contemporâneo ou situando-nos dentro dos quadros da mitologia cristã, mas, destaca um acontecimento possível, que já presentifica a futura-Idade, excêntrica, porém, terrena, na medida em que presencializa  prontamente o lugar da alteridade e da reflexão dinâmica sobre a diferença em relação ao que existe.
Podemos crer que não mais precisamos nos apressar para cumprir, com atraso, as etapas já vencidas pelo mundo desenvolvido, porque aquela festa tem em si mesma a mais racionalizada das representações cujo propósito é político-social, consolidando o que conceptualizou D. Afonso V em os Painéis de S. Vicente tão intimamente relacionado com o mito de “D. Sebastião, por já estar morto o rei anterior e morto o pai, poderia romper a dinastia fatal, reconstruir a nação [portuguesa] ao seu amplo espírito de acolher judeus e mouros, isto é o diferente e até o oposto, atender ao Brasil e não ao Oriente como único futuro, [...]”[15]
Ademais, o que importa aqui ressaltar é que o nome D. Sebastião “[...] era o nome do colectivo para o futuro, um futuro que não fosse de miséria nem de ignorância nem de opressão de espírito; o que vale no sebastianismo não é o ponto de partida, mas a força da marcha e a meta de chegada; que são, e oxalá o sejam sempre, mérito do povo e não dos reis.”[16], tal como a encenação do Espírito Santo em festa.
Bem assim, a pedagogia de Agostinho da Silva aproxima-se da Festa do (Divino) Espírito Santo e, por extensão ao sebastianismo, porque faz acontecer ações políticas e econômicas concretas que favorecem o engajamento de indivíduos na luta por reformas sociais; viabiliza uma ação cultural, no sentido mesmo antropológico, com vistas em permitir o aparecimento de sujeitos críticos comprometidos com uma nova sociedade, edificada sob uma missão sócio-pedagógica ecumênica.
Vale dizer que essa missão é erigida e revelada pelo laço que nos une como potencialidades criadoras: a língua portuguesa. Para além de se constituir em nosso território cultural, a língua portuguesa é a que nos permite uma entrada triunfal na História, com autonomia e independência.
Então, aprendamos o
Português como língua futura, não de passado; não de relatos, mas de projectos; não de saudades, mas de esperanças. É sob este ponto de vista universal que têm de ser apreciados e resolvidos os problemas com que se defrontam os povos de língua portuguesa – e, na sua esfera individual, mais poderosa do que nenhuma, cada um dos homens que a falam, os quais, quase sempre, não a lêem nem a escrevem.[17]
Todas as nações de língua portuguesa são, na perspectiva agostiniana, “religiosamente, de constituição ecumênica e que nenhuma crença ou sistema de crenças pode usufruir, no que se refere ao geral, de qualquer preponderância sancionada.”[18] Eis o fundamento de um educar para esperançar de Agostinho da Silva, uma via pedagógica possível para o século XXI.  
[1] Professora-Coordenadora da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação da Secretaria de Estado do Governo do Distrito Federal e Doutoranda em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília.
[2] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora Editora, 2001, p. 291.
[3] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora. Editora, 2001, p. 14 – 15.
[4] Ibid., p. 184.
[5] Ibid., p. 14.
[6] Ibid., p. 14.
[7] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora Editora, 2001, p. 19.
[8] Ibid., p. 206.
[9] Ibid., 223-224.
[10] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora. Editora, 2001, p. 14.
[11] Ibid., p. 184.
[12] PINHO, Romana Valente. O essencial sobre Agostinho da Silva. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006, p. 37.
[13] SILVA, José Luís Conceição. Os Painéis de D. Afonso V e o Futuro do Brasil. Brasília: Edição do Autor, 1997.
[14] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora Editora, 2001, p. 62.
[15] SILVA, Agostinho da. Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira II. Lisboa: Âncora. Editora, 2001, p. 62.
[16] Ibid,. p. 63.
[17] Ibid., p. 51.
[18] Ibid., p. 226.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestações Políticas e o Movimento do Passe Livre


Caríssimos Professores de Filosofia e Sociologia,

Encaminho essa mensagem primeiramente para abrirmos entre nós um espaço de diálogo e reflexão acerca das manifestações políticas que marcaram historicamente nosso país, nosso estado e, sobretudo nossa região. Vejo também nesse momento um precioso tempo para acentuarmos a caráter crítico e racional de nossas disciplinas, elementos basilares na construção da autonomia.

Levar o aluno a reconhecer-se como sujeito capaz de refletir e expressar sua compreensão sobre o mundo em que vive, desenvolver capacidade de fundamentar afirmações sobre a realidade, superando representações imediatistas do senso comum e desenvolver capacidade crítica sobre a realidade social, planejando ações de intervenção solidária; são competências e habilidades previstas em nosso currículo oficial e que encontram nesse momento um cenário favorável a debates criteriosos.

A sociedade democrática é o horizonte propício para a gestação de todo movimento de exigência e conscientização de direitos. Talvez nossa contribuição como educadores resida de modo mais intenso no campo da conscientização e é sobre esse aspecto que convido a todos para dedicar uma especial atenção na formação de nossos alunos, de modo a evitar possíveis extremismos germinados em condutas massificadas que visam a alienação moral.

Saliento que nossa proposta de ação não se fundamenta em apologias partidárias ou ideológicas influenciadas por posicionamentos que consolidamos em nossa compreensão particular sobre as relações sociais. Nossas divergências políticas devem ser respeitas e sabemos que isso só é possível de ser alcançado num espaço democrático. Sobretudo convido-os a desenvolver uma reflexão ética e política na perspectiva do indivíduo que se percebe como parte da sociedade democrática.

Sem mais, desde já agradeço a abertura e o apoio de todos diante da urgente e emergente missão filosófica e sociológica no despertar crítico de uma consciência reflexiva. Forte abraço!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Texto-base para OT de Filosofia em 17/06/2013: FILOSOFIA PARA CRIANÇAS – EDUCAÇÃO PARA PENSAR BEM: A PROPOSTA DE MATTHEW LIPMAN.


 
 
 
 
Resumo: Esta comunicação objetiva apresentar a proposta do Programa Filosofia para Crianças-Educação para Pensar Bem (PFC) como exemplo de uma proposta educacional alternativa quer de ensino de Filosofia, quer de organização do trabalho pedagógico que visa, também, ao desenvolvimento do pensar bem. Apressenta, em síntese, a proposta de iniciação filosófica de crianças e jovens como pensada por Matthew Lipman, sua proposta de educação para pensar bem e a metodologia que indica para o desenvolvimento deste programa.
 
 



terça-feira, 11 de junho de 2013

Orientação Técnica de Filosofia - 17/06/2013

Prezados Colegas Professores de Filosofia,
Conforme circular 186/2013, venho informá-los sobre a convocação para orientação técnica aos professores que lecionam FILOSOFIA. O local foi alterado para sala 23 do piso térreo do CEFE – Centro de Formação do Educador “Profª Leny Bevilacqua” - Avenida Olivo Gomes nº 250 – Santana - São José dos Campos – SP (ao lado do Parque da Cidade, onde acontecia a Feira do Jovem Empreendedor).

domingo, 9 de junho de 2013

16 OBRAS DE NIETZSCHE EM PORTUGUÊS (PDF)

“É necessário ter o caos dentro de si para gerar uma estrela.”
Friedrich Nietzsche


LIVROS EM PDF:
EXTRA:

Obras de Platão em Português e Espanhol para Download em PDF


“Toda a história da filosofia ocidental resume-se 
a uma série de notas de rodapé à obra de Platão.” 

Alfred North Whitehead


03 – Segundo Alcibíades (FALTA)
08 – Hiparco (FALTA)
19 – Menêxeno (FALTA)
28 – Timeu (pág. 69, PT)
29 – Crítias (pág. 213, PT)
31 – Epidómite (FALTA)
32 – Epístolas (FALTA)
  32.1 (FALTA)
  32.2 (FALTA)
  32.3 (FALTA)
  32.4 (FALTA)
  32.5 (FALTA)
  32.6 (FALTA)
  32.8 (FALTA)
  32.9 (FALTA)
  32.10 (FALTA)
  32.11 (FALTA)
  32.12 (FALTA)
  32.13 (FALTA)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Texto-base para OT de Sociologia em 10/06/2013: A Sociologia no Brasil - história, teorias e desafios

Resumo: Este estudo focaliza a história da sociologia no Brasil e as recepções de tradições sociológicas europeias e norte-americana pela sociologia brasileira. As etapas e os períodos da evolução da Sociologia e de sua institucionalização como disciplina acadêmico-científica no Brasil são apresentados em seus traços principais, assim como a situação atual da sociologia nas universidades, os principais campos de pesquisa da sociologia brasileira e os novos temas e novas abordagens que vieram a ser propostos para a explicação e/ou compreensão da situação social brasileira.


terça-feira, 4 de junho de 2013

Orientação Técnica de SOCIOLOGIA - dia 10/06/2013


Prezados Colegas Professores de Sociologia,

Conforme circular 185/2013, venho informá-los sobre a convocação para orientação técnica aos professores que lecionam SOCIOLOGIA. O local foi alterado para sala 23 do piso térreo do CEFE – Centro de Formação do Educador “Profª Leny Bevilacqua” - Avenida Olivo Gomes nº 250 – Santana - São José dos Campos – SP (ao lado do Parque da Cidade, onde acontecia a Feira do Jovem Empreendedor).

Desde já agradeço o empenho de todos na construção de uma educação pautada no pensar crítico e autônomo. Aproveito para pedir que reencaminhem essa informação a outros professores de sociologia que por ventura ainda não estão cadastrados no banco de dados de 2013. Forte abraço!


Segue os dados da convocação:

Data: 10 de junho de 2013

Horário: 8h às 17h

Local: CEFE – Centro de Formação do Educador “Profª Leny Bevilacqua”

Avenida Olivo Gomes nº 250 – Santana

São José dos Campos – SP (ao lado do Parque da Cidade)

 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Foucault - Todos os Livros para DOWNLOAD

Michel Foucault: A obra


Folie et Déraison. Histoire de la Folie à l’Âge Classique, 1961
A história da loucura na idade clássica. FOUCAULT, Michel. São Paulo: Perspectiva, 1978. Neste livro, o autor põe em xeque concepções firmadas sob o rótulo de possíveis verdades científicas, como no campo da medicina psiquiátrica, em que sua análise crítica atingiu a operacionalidade terapêutica das noções tradicionais de sanidade e loucura.




Maladie Mentale et Psychologie, 1962
Doença Mental e Psicologia. FOUCAULT, Michel. Editora: Tempo Brasileiro. Revolucionário, este texto fundador, prenúncio da genialidade que caracteriza a obra do Autor, observa, com espantosa argúcia, que a «psicologia só foi possível quando se aprendeu a dominar a loucura». Aqui a demência é considerada a uma nova luz. Uma obra essencial para compreender um dos temas fulcrais do pensamento contemporâneo 



Naissance de la Clinique, 1963 . 
O Nascimento da Clínica. Fouucalt, Michel. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977.
Esta obra procura examinar o novo tipo de configuração que caracteriza a medicina moderna e suas conexões com o surgimento de novas formas de conhecimento e novas práticas institucionais..




Les Mots et les Choses. Une Archéologie des Sciences Humaine, 1966 
As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas.FOUCAULT, Michel. 8° ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. As ciências humanas são mais do que um saber - elas são uma prática, elas são instituições. Michel Foucault, ao analisar a gênese e a filosofia das ciências, mostra como é recente o aparecimento do 'homem' na história do nosso saber.



 
L’Archéologie du Savoir, 1969. 
Arqueologia do saber.. FOUCAULT. Michel. A obra 'A arqueologia do saber', de Michel Foucault, é a efetiva elaboração do pensamento filosófico do autor no sentido de solidificar as bases investigativas da ciência, sobretudo ao promover uma revisão dos conceitos que enfatizam a natureza da história epistemológica.
Baixar Arquivo - 3 ed. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 1987
 
Baixar Arquivo - 7 ed. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 2008. 





L’ Ordre du Discours, 1971.
A ordem do discurso: aula inaugural no collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. FOUCAULT, Michel. 5 ed. São Paulo: Loyola , 1996. Nesse livro, Foucault procura analisar a relação entre as práticas discursivas e as diversas formas de poder que as permeiam.




Ceci n’est pas une Pipe, 1973
Isto não é um Cachimbo. Foucault, Michel. Tradução Jorge Coli. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2008. Contemplando a obra de René Magritte, Foucault desenvolve uma reflexão sobre questões fundamentais dentro das artes plásticas: a similitude e a representação, a relação entre texto e desenho, o signo verbal e a representação visual. Importante contribuição para o estudo da arte, sua história e seus elementos.
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Surveiller et Punir. Naissance de la Prision, 1975
Vigiar e punir: nascimento da prisãoFOUCAULT, Michel. 20 ed. Petrópolis: Vozes, 1999. Esta obra é um estudo científico sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos adotados pelo poder público na repressão da delinqüência. Os métodos vão da violência física até instituições correcionais

Histoire de la Sexualité I. La Volonté de Savoir, 1976
História da Sexualidade I: A Vontade de SaberFOUCAULT, Michel. Editora: Graal. A sexualidade tem sido bruscamente censurada, reprimida pela sociedade, depois de ter vivido em liberdade de palavras e atos? Segundo Foucault, a sociedade capitalista não obrigou o sexo a esconder-se. Ao contrário, desde o século XVI e principalmente a partir do último século, o sexo foi incitado a se confessar, a se manifestar.



Histoire de la Sexualité II. L’Usage des Plaisirs, 1984.
História da Sexualidade II: O uso dos prazeres. FOUCAULT, Michel. Editora: Graal. Nesta segunda parte de História da sexualidade, Foucault modifica o seu projeto original, que era de falar da sexualidade no século XIX e volta à Antigüidade, analisando as práticas existentes em torno do sexo na Grécia Antiga. Foucault não aceita a hipótese repressiva pela qual a sexualidade é reprimida pelo sistema. Para ele, a sociedade capitalista liga prazer e poder.
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Histoire de la Sexualité III. Le Souci de Soi, 1984.
História da Sexualidade III: O cuidado de si. FOUCAULT, Michel. Editora: Graal. Foucault vai até a Antiguidade clássica, do império greco-romano para investigar as reflexões morais sobre o sexo, a relação com o precursor da moral cristã - o prazer sobre profundas alterações, ganhando força o ideal de suportar a privação do sexo, limitando-se seu uso ao casamento e à procriação.






Dits et Écrits I (em francês)






Ditos e Escritos III - Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema. FOUCAULT, Michel. Organizador: Manoel Barros da Motta. Editora: Universitária Forense. Foucault analisa obras que, diante da perspectiva humanista dominante na episteme da modernidade através do que poderíamos chamar de orientação nietzschiana na filosofia, criaram uma literatura que é uma alternativa às problemáticas do sentido, da vida e da linguagem dominantes na fenomenologia e no existencialismo, e que para ele se apresentavam como "sufocantes".




Livros editados por Foucault


Moi, Pierre Rivière, ayant égorgé ma mère, ma souer et mon frère, 1973.
Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão. Rio de Janeiro, Graal, 1977. Este livro é o resultado de um trabalho de equipe realizados no College de France sob a direção de Michel Foucault, reunindo as peças judiciárias do processo e desenvolvendo análises sobre aspectos jurídicos e psiquiátricos do caso luz das conceituações atuais.




Cursos, palestras e conferências.


Nietzsche, Freud, Marx., 1967.Conferência no Colloque de Royaumont em julho/1964
Nietzsche, Freud e Marx
FOUCAULT, Michel. São Paulo: Princípio, 1997.






Microfísica do Poder. FOUCAUL, Michel. Tradução e Organização: Roberto Machado.Editora Graal,  A obra traz vário artigos e entrevistas que possuem como tema central a questão do poder na sociedade capitalista: na sua natureza, seu exercício e suas instituições.
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Securité, territoire et population. Curso no Collège de France /1978.
Segurança, Território, População. Michel Foucault. Editora: Martins Fontes. Partindo do problema do biopoder, ele se propõe estudar a implantação, no século XVIII, dessa nova tecnologia de poder, distinta dos mecanismos disciplinares, que tem por objeto a população, e gerenciá-la a partir do conhecimento de suas regularidades específicas. Tese original que este curso formula do liberalismo como racionalidade governamental baseada no princípio do laisser-faire



Naissance de la biopolitique Curso no Collège de France em 1979
O nascimento da biopolítica: curso dado no collège de France (1978-1979). FOUCAULT, Michel. [tradução de Eduardo Brandão]. São Paulo: Martins Fontes, 2008. Depois de mostrar como, no século XVIII, a economia política assinala o nascimento de uma nova razão governamental - governar menos, por uma preocupação de eficácia máxima, em função da naturalidade dos fenômenos com que se tem de lida.
                                                                                                                         

Du gouvernement des vivants. Curso no Collège de France em 1980
Do Governos do vivos: cursos no collège de France (1979-1980): aulas de 9 e 30 de janeiro de 1980. Editora: CCS. Entre outras questões, a obra aborda como foram constituídas as formas de obediência, como foi possível ao indivíduo moderno a relação estabelecida dele mesmo com práticas sistemáticas de renúncia da vontade, da liberdade e de si mesmo e do que procede, nas sociedades ocidentais, a prática da 'servidão voluntária'.   

Le gouvernement de soi et des autres. Último curso ministrado por M. Foucault no Collège de France.
O Governo de Si e dos Outros. Tradução Eduardo Brandão. Martins Fontes. Qual governo de si deve ser o fundamento e o limite ao governo dos outros? A partir desta questão, Foucault se situa em relação à herança filosófica e problematiza o status da sua própria fala.




La vérité et les formes juridiques. Tradução dasconferências na PUC/Rio de Janeiro.
A verdade e as formas jurídicas. 3ed.  Rio de Janeiro: NAU editora, 2002.FOUCAULT, Michel. Nas conferências reunidas nesta obra, o autor pretende mostrar que as condições políticas, econômicas de existência não são um véu ou um obstáculo para o sujeito do conhecimento, mas aquilo através do que se formam os sujeitos de conhecimento e, conseqüentemente, as relações de verdade.


Il fault défendre la societé. Curso no Collège de France em 1976.
Em defesa da sociedade curso no collège de France (1975 – 1976). Foucault se interroga sobre a pertinência do modelo da guerra para analisar as relações de poder.



L’hermeneutic du sujet.  (1981-1982). 
A Hermenêutica do Sujeito Curso no Collège de France.
Foucault apresenta uma investigação da noção de 'cuidado de si' que organiza as práticas da filosofia. Ao descrever o modo de subjetivação antiga, ele busca tornar patente a precariedade do modo de subjetivação moderno





Os comentadores de Michel Foucault


Esperando Foucault, ainda. Marshall Sahlins (antropólogo americano, professor na Universidade de Chicago). Tradução de Marcela Coelho de Souza e Eduardo Viveiros de Castro.Editora Cosac Naify
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Foucault: Conceitos Essenciais. REVEL, Judith. Editora Clara Luz. Esse livro apresenta conceitos através dos quais se exprime o pensamento teórico e filosófico de Michel Foucault, apresentando as principais noções foucaultianas na forma de um vocabulário, ao todo a obra soma 33 conceitos essenciais para  compreender Foucault.




Revel, Judith. Le vocabulaire de Foucault (Paris, 2002)






 
El vocabulario de Michel Foucault. Un recorrido alfabético por sus temas, conceptos y autores. CASTRO, Edgardo. Poucos escritos sobre Foucault merecem tanto o nome de “caixa de ferramentas” como este livro o leitor tem em mão um sofisticado mapa de suas principais temáticas e questões. Cada verbete não apenas “faz referência a onde, nos escritos de Foucault, aparece cada termo, mas quer, ademais, oferecer uma indicação (às vezes sucinta, às vezes extensa) de seus usos e contextos”. 



Michel Foucault y sus contemporáneos. DIDIER, Eribon. Editora: Nueva Visión. Ao contrapor e cotejar a vida e a obra de Michel Foucault com as de seus mais ilustres contemporâneos – Georges Dumézil, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Georges Canguilhem, Roland Barthes, Jacques Lacan e Claude Lévi-Strauss, entre outros –, Didier Eribon revela como uma filosofia que se empenhou em pensar seu presente consegue sobreviver às suas condições de emergência, constituindo um vigoroso elemento de nossa atualidade.




La naturaleza humana: justicia versus poder : un debate. CHOMSKY, Noam. FOUCAULT, Michel. Editora: Austral Espanha. Em novembro de 1971 Michel Foucault se encontrou com Noam Chomsky em um programa televisivo da TV holandesa, onde debateram por cerca de uma hora o tema "Natureza Humana: Justiça Versus Poder". 



 
Foucault em 90 minutos. STRATHERN, Paul. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. Um dos filósofos do século XX, Michel Foucault desenvolveu seu pensamento a partir da relação entre saber e poder. O autor dessa obra aborda as  pesquisas sobre história da loucura, punição, sexualidade e outros temas. 




Para Ler Michel Foucault. BOAS, Crisoston Terto Vilas. Ouro Preto: Imprensa Universitária da Ufop, 1993.







Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. Hubert Dreyfus e Paul Rabinow só deram por concluído este livro após horas e horas de conversas e revisões feitas pelo próprio Foucault.
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Foucault e os domínios da linguagem: discurso, poder, subjetividade.SARGENTINE, Vanice & NAVARRO-BARBOSA, Pedro (orgs.).  São Carlos: Claraluz, 2004. Este livro apresenta as reflexões de Michel Foucault nos domínios da linguagem e revela sua preocupação com as relações entre o discurso, o poder e a produção de subjetividade.




Figuras de Foucault. RAGO, Margareth. VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.  Com a publicação desta coletânea, os autores contribuem para a expansão do pensamento do filósofo e levam adiante as análises e as problematizações desenvolvidas por ele, reafirmando a atualidade de Foucault, que comemoraria 80 anos de vida neste ano.





Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito. Org. Luiz Antônio Francisco de Souza, Thiago Sabatine e Bóris Magalhães. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. Obra organizada a partir das palestras apresentadas no colóquio de mesmo título, realizado na UNESP/Marília em junho de 2010.





  

Foucault. Deleuze, Gilles. São Paulo: Editora Brasiliense, 2005. 






MUCHAIL, Salma Tannus. Foucaultsimplesmente. São Paulo: Edições Loyola, 2004. A obra mostra que entrelaçando filosofia e história, o filósofo se ocupou com uma grande diversidade de assuntos: a loucura e o louco, a medicina e o doente, as ciências humanas e a literatura, a prisão e o delinqüente, a sexualidade e o sujeito ético, motivo pelo qual seus escritos interessam a diversas áreas de saberes e práticas: psiquiatria, medicina, psicologia, sociologia, direito, artes etc.
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ZOUNGRANA, Jean de. Michel Foucault un parcours croisé – Lévi Strauss, Heidegger.  E’ditions Harmattan, 1998.





GUTTING, Gary. Foucault: A Very Short IntroductionEdições Oxford Uk, 2005.



The Cambridge Companion to Foucault: 2nd Edition. Edited by: Gary Gutting.







Leitura de apoio.


Manicômios, Prisões e Conventos. GOFFMAN, Erving. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.   O autor foca-se, essencialmente, no caráter fechado destas instituições, que pelas suas características e modo de funcionar não permitem qualquer contacto entre o internado e o mundo exterior.



A Vigilância Punitiva: A postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância. LUENGO, Fabíola Colombani. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Pretende analisar a postura dos educadores diante do processo de patologização no campo educacional, levando em conta a sociedade eugênica e disciplinar, que foi consolidada com o processo de higienização ocorrido no início do século XX.
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BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. Organização de Tomaz Tadeu ; Traduções de Guacira Lopes Louro, M. D. Magno, Tomaz Tadeu. -- 2. ed.. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. Este livro apresenta pela primeira vez, a tradução para o português, feita a partir do original, em inglês, das cartas que constituem o principal texto de Jeremy Bentham sobre o projeto do Panóptico. Durante muito tempo, a principal fonte de conhecimento sobre o Panóptico estava reduzida ao capítulo de Vigiar e punir que Foucault havia dedicado à sua análise.
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MACHADO, Roberto. Danação da Norma: Medicina Social e Constituição da Psiquiatri no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1978. 
A tese central e De que, no século XIX, tenha começado a tomar lugar uma ciência médica, chamada medicina social que pretendia interferir e medicalizar a sociedade, nas vidas dos indivíduos, mais do que os outros setores tradicionais da medicina. É uma medicina que, aliada ao poder do Estado, medicaliza as diferentes esferas e as diferentes instituições da sociedade brasileira.
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Gênero, sexo, amor e dinheiro: mobilidades transnacionais envolvendo o Brasil (Orgs.) Adriana Piscitelli, Gláucia de Oliveira Assis e  José Miguel Nieto Olivar. Coleção Encontros: Pagu/Núcleo de Estudos de Gênero.
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Kritsch, RaquelSoberania – A construção de um conceito. São Paulo: Editora IMESP, 2002. Este livro apresenta um estudo da gênese e do desenvolvimento da noção de soberania. A ideia aparece inicialmente nas disputas de jurisdição entre ‘imperium’ e o ‘sacerdotium’ e, numa fase posterior, sobretudo a partir do século XIV, nos conflitos entre dois poderes e as nascentes monarquias nacionais europeias.





Pelbart, Peter Pál. A Nau do Tempo Rei: 7 ensaios sobre o tempo da loucura. Rio de Janeiro: Imago, 1993. Os sete ensaios reunidos neste volume tratam do tempo, dos anjos, dos loucos. De forma pouco acadêmica, Peter Pál Pelbart nos introduz, através deles, à problemática da loucura em seus aspectos mais inaparentes.